segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Neste caso, não é a DECO que tem de se pronunciar. É o país. Somos nós

É evidente que o Operador Cabo português tem o direito de alterar os canais que constam da respectiva grelha. Isso está previsto, em primeiro lugar, no clausulado do contrato que em princípio é lido e assinado pelos clientes. No meu ponto de vista, o que está aqui em causa é apenas a utilização de um mero expediente legal para, no fundo, se apunhalar um bom punhado de pessoas. Está em causa, sobretudo, a ética do operador para com os seus clientes. Porque no caso concreto da GNT, o operador não tinha problemas de audiências, não tinha problemas com a qualidade do referido canal e nem sequer tinha ou teve qualquer tipo de défice comercial em termos do respectivo e legitimo retorno económico. O problema aqui é o de um grupo religioso, uma seita, o mesmo é dizer uma associação religiosa sectária, levar a cabo o seu propósito propagandista na base do dinheiro e, assim, convencer um operador credível a alinhar em tal frete. O frete de disponibilizar um sinal de televisão a uma seita que passa meia dúzia de programas sensacionalistas até à hora em que os mais desprotegidos e os espiritualmente miseráveis estão em casa, constituindo-se assim um alvo fácil para os propósitos daquela seita: angariar crentes que para nada mais servem senão financiar os bolsos de meia dúzia de sacripantas convictos.
E isto é tanto mais espantoso porque eu sei muito bem que se uma seita NAZI resolvesse criar um canal de televisão e entrasse nas regras do mercado e comprasse um sinal ao Operador, por certo já o Carmo não estaria em pé, muito menos a Trindade e a Blogger.

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