quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

a taça

As famílias, os pobres, os reformados, os tropas e suas digníssimas esposas, donas de casa, toda a gente. É a eles que me dirijo. Eu, o candidato, dirijo-me aos calceteiros, aos professores e aos médicos. Eu quero dizer-lhes que prometo. E quero dizer-lhes que há o Estaline e o Lenine e a URSS (todos enterrados mas registados - portanto existem). E quero dizer-lhes que sou um homem bom, carinhoso, atento e paternal. Sou afável e jeitoso e tenho muito sentido de estado. Eu sou o candidato, bolas! Eu estou a dar tudo de mim por vós! Eu aumento-vos as pensões, eu reduzo-vos os impostos e faço uma amnistia às multas. Eu prometo. Eu cumpro, bolas! Eu acredito na mãe Europa e aceito que somos europeus de pleno direito e, portanto, eu sou um europeu. Eu quero dizer-vos que tudo vai ser diferente. O mercado vai abrir e a estabilidade funcionará. As empresas precisam de mim. Os bancos sabem do que estou a falar. Eu sou o melhor candidato. Eu venço sempre os debates televisivos. Eu vou ganhar.

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