Para todo aquele que vai ou tenciona ter um cãozinho neste Natal, todo aquele Ser Humano que vai adorar a experiência linda e ternurenta de receber um cachorrinho neste Natal, quase todos aqueles que vão certamente receber um Cão de Raça, com "pedigree" e essas coisas todas que elitizam os caninos, sim, talvez para ti também que me estás a ler, tomem todos atenção a uma coisa, aliás a muitas coisas: o Cão é um animal que consegue amar o seu próximo 35 milhões de vezes mais, ou mais, do que um ser humano. O Cão só dá e não quer saber se recebe. Aliás, o Cão se recebe fica feliz e mostra-o, e no dia seguinte não vai reclamar nem fazer uma revolução se nada receber.
O Cão não tem tédio. Isso não existe na sua vida inteira. Ele pode ficar a tarde toda deitado ao pé do Amigo Ser Humano, se essa for a vontade do Amigo Ser Humano, ou pode passar o dia inteiro a brincar, desde que esteja presente, desde que participe. O Cão, caro amigo, não é um brinquedo que se recebe de prenda e de que nos fartamos a seguir. Que se substitui, que se deita fora. O Cão não é uma moda nem um acessório nem tão pouco um animal que se veste com roupas lindas no inverno e se abandona ao frio do esquecimento no verão.
Um cão é um ser que entra na nossa vida e não quer sair jamais. Por isso, caro amigo, se não consegue perceber que "ter" um cão não é posse mas sim partilha, então peça ao Pai Natal ou ao Menino Jesus uma Playstation.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
Ah, vcs nem imaginam o gozo que é comemorar nesta cidade um titulo do Benfica. Nem imaginam!
Metemo-nos no carro artilhadinhos de cachecois do Benfica, zarpamos para o Porto (vamos de Gaia) e antes de atravessarmos a ponte eu aviso com voz grave "atenção, vamos entrar em Palermo, toca a descaracterizar e esconder tudo o que são acessórios do Benfica". E assim entramos na bela cidade do Porto que nem seminaristas inocentes. Os cruzamentos são um perigo por causa dos semáforos.
Sente-se a adrenalina. E a cereja é quando vamos numa artéria, uma fila de carros, alguém buzina e cá dentro uma voz "Buzina aí também". A medo lá sai uma apitadela e, de repente, como que por magia surge um turbilhão imenso de buzinadelas. Todos os carros em brado, todos. E as bandeiras e os gritos ao Benfica...um destemor, uma loucura.
O Benfica na clandestinidade é tão mais saboroso!...
Depois é estacionar o carro num sitio discreto e ir para a Rotunda da Boavista aos saltos. Ver ali a policia a desviar o trânsito, preparada para o que possa acontecer mas sempre com aquela sanha siciliana contra os adeptos encarnados. E todos nós, benfiquistas portuenses, dos mais sofredores, dos mais leais e dos mais invictos, porque jamais nos venceram estes labregos, todos nós, dizia eu, em festa num regozijo destemido. É o Benfica na sua universal pureza, não numa canção de Lisboa mas sim numa imensa Ode ao júbilo e ao amor por um clube e uma causa que jamais alguém no mundo ha-de saber explicar.
No final é o regresso a casa, as mesmas ordens de camuflagem e a volta a ser feita pela praça, os Aliados. E ver em cada pessoa um dragaozito ja sem chama, apagado na sua frustração. E fazer um filme "olha aquele está ali a ver se descobre algum benfiquista e pronto a mandar um SMS ao macaco". E é então que atravessamos a ponte a gritar e a cantar. Vambora pra casa que o Benfica é campeão!
Metemo-nos no carro artilhadinhos de cachecois do Benfica, zarpamos para o Porto (vamos de Gaia) e antes de atravessarmos a ponte eu aviso com voz grave "atenção, vamos entrar em Palermo, toca a descaracterizar e esconder tudo o que são acessórios do Benfica". E assim entramos na bela cidade do Porto que nem seminaristas inocentes. Os cruzamentos são um perigo por causa dos semáforos.
Sente-se a adrenalina. E a cereja é quando vamos numa artéria, uma fila de carros, alguém buzina e cá dentro uma voz "Buzina aí também". A medo lá sai uma apitadela e, de repente, como que por magia surge um turbilhão imenso de buzinadelas. Todos os carros em brado, todos. E as bandeiras e os gritos ao Benfica...um destemor, uma loucura.
O Benfica na clandestinidade é tão mais saboroso!...
Depois é estacionar o carro num sitio discreto e ir para a Rotunda da Boavista aos saltos. Ver ali a policia a desviar o trânsito, preparada para o que possa acontecer mas sempre com aquela sanha siciliana contra os adeptos encarnados. E todos nós, benfiquistas portuenses, dos mais sofredores, dos mais leais e dos mais invictos, porque jamais nos venceram estes labregos, todos nós, dizia eu, em festa num regozijo destemido. É o Benfica na sua universal pureza, não numa canção de Lisboa mas sim numa imensa Ode ao júbilo e ao amor por um clube e uma causa que jamais alguém no mundo ha-de saber explicar.
No final é o regresso a casa, as mesmas ordens de camuflagem e a volta a ser feita pela praça, os Aliados. E ver em cada pessoa um dragaozito ja sem chama, apagado na sua frustração. E fazer um filme "olha aquele está ali a ver se descobre algum benfiquista e pronto a mandar um SMS ao macaco". E é então que atravessamos a ponte a gritar e a cantar. Vambora pra casa que o Benfica é campeão!
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