segunda-feira, 31 de julho de 2006

colaterais dum raio

Eu não me tenho pronunciado acerca do conflito entre israel e o líbano apenas por impotência. e a minha honestidade não importa muito para o caso, bem sei. mas também manda a mesma honestidade dizer que hoje li num jornal diário que morreram mais de uma trintena de crianças libanesas só no dia de ontem. li aquilo e fiquei calado. dei uma passa no meu cigarro e pensei nos meus filhos.
agora chego aqui e leio um gajo a dizer que aquilo não é um massacre. foda-se meus. aquilo nunca pode ser um massacre. massacre, ao que parece e a avaliar pelo que tenho visto, é bem mais um ataque individual de uma pessoa ou máquina a um blog com milhares de leitores. isso sim, é um verdadeiro massacre que envolveu tanta gente e tanta comunicação social. uma causa dessas é bem mais carecida de defesa. os putos libaneses que se fodam. que bebessem mais coca cola. colaterais dum raio.

finalmente, um post

O Pacheco Pereira nu é belíssimo

E veja também como se verifica a grandeza do professor CAA que mereceu uma resposta pública no excelentíssimo "Gato Fedorento". Tomara eu e muitos como eu semelhante privilégio. Eu confesso: para ter um linkzinho aqui eu dava o cú e cinco tostões...aqui dava só os cinco tostões

breathe me

na sebenta da minha vida encontro muitas folhas rasuradas, e manchadas com tinta, não obstante o emprego do mata-borrão. folhas escritas com cores negras a imitar o arco-íris. desconfiado, eu insisto em apreciar os borrões e as rasuras, a ver se lhes acho outras cores.

sábado, 29 de julho de 2006

my favourite color

"A good man is hard to find
Only strangers sleep in my bed
My favorite words are good-bye
And my favorite color is red"


Mr. Tom Waits

sexta-feira, 28 de julho de 2006

uma questão de números

4 mortos até ao dia 30 de Julho



8 mortos até ao dia 30 de Julho



51 mortos até ao dia 30 de Julho



750 mortos até ao dia 30 de Julho



actualização aqui

terça-feira, 25 de julho de 2006

recibos verdes e segurança social

Claro que o Estado sabe disso. Da existência de inúmeros quadros técnicos especializados, com formação e cursos superiores, que estão vinculados a prestigiadas empresas que, por sua vez, lhes pagam um salário modesto com a categoria de "vinculação aos quadros da empresa" e, a montante, complementam os respectivos salários através da prática dos "Recibos Verdes". Claro que o Estado sabe da Existência de milhares de cidadãos que apenas podem exercer o seu trabalho nestas condições. Obviamente que os cerca de 24% que as empresas têm que pagar à Segurança Social são bem mais pequenos e resulta claro que o funcionário apenas desconta os 11% declarados no seu recibo salarial convencional. E vai daí que o dinheiro não chega! Este sistema não garante o bastante para, por exemplo, se atribuir fabulosas reformas à classe política, como é o caso bem fresco de Manuel Alegre e de tantos outros que vivem do sistema político, que jamais pregaram um prego, jamais souberam o que é uma barra de ferro de 32 polegadas, e que assim, bem podem fazer grandes caçadas, fumar vistosos charutos e passear na Fnac comprando tudo o que é livro e DVD, e plasmas, e casas de campo e...coberturas de piscina.
A classe política, independentemente da sua cor, vê claramente que é necessário sacar mais dinheiro aos contribuintes, mas começa sempre pelo ele mais fraco: o cidadão. As empresas, que não votam neles mas garantem-lhes milhares de votos, podem continuar a praticar o "Recibo Verde" e a escusar-se a pagar melhores "vinte e quatro por cento". O que interessa aqui é sacar melhores "onze por cento" aos cidadãos. Estes sim, estão aí para desafogar as verbas necessárias às reformas douradas, quase sempre superiores a 3000 Euros, Justificadas por se ter feito qualquer coisa ao serviço de uma qualquer empresa pública. Nem que seja por 3 meses ou por tempo nenhum, desde que tenham estado lá, não estando nunca.

segunda-feira, 24 de julho de 2006

ai a inveja...

estes caralhos, para não dizer outra coisa, lembram-se de cada uma...
Amazing, seus bifes, amazing! Se ele fosse a fucking English player...but not. He is a Portuguese one. Oh my God, the best player for the next 10 years is a young full skilled football player from that small country named Portugal! It seems like sardines, codfish, and English Fuckers!!

sexta-feira, 21 de julho de 2006

e então, vai uma piscina?

De Espanha trouxe boas notícias, como por exemplo a possibilidade de fornecer para qualquer zona do país uma pinscina de 8x4 em aço totalmente equipada por um preço xtraordináriamente convidativo. Porque espera? Contacte-me e diga-me se acha que é chegada a hora para ter uma piscina aí no seu belo jardim.

dezoito anos é...

receber uma proposta de trabalho, tendo emprego, aquele emprego certinho, das nove às cinco, efectivo, e chegar a casa e dizer que gostaria de arriscar. E do outro lado ouvir apenas um “tu vê lá, tu é que sabes. Gostas de correr riscos e eu não, mas eu apoio-te”. E foram tantas a vezes, tantos os riscos corridos, e os desastres também, as más opções, e ela sempre do meu lado, “ deixa lá, tudo se há-de resolver”. E eu sempre a arriscar, sempre com novas ideias, novos projectos… e tantas borradas e ela sempre ao meu lado...

quinta-feira, 20 de julho de 2006

dos silêncios

Alicante. Em trabalho nesta bonita cidade do outro lado da Península, sempre arranjei um tempinho para conhecer a "velha cidade" que é o que há de verdadeiramente interessante nestas cidades de turismo massificado, banhadas de cimento e cores terracota que ofendem o mar calmo e convidativo. As cidades com história têm lá tudo, e os nossos vizinhos são especialistas em preservar e estimar os traços da sua existência. Entretanto há em Alicante uma "Calle Viriato" com uma placa explicativa que dizia, e cito de cor: " Viriato:Montes Hermínios, caudilho lusitano, jovem pastor, liderou a resistência contra a invasão romana..." e mais do que dizia não me lembro bem, mas soube-me bem ler aquilo, porque é de nós, afinal, que eles falam. E nós? continuaremos calados por quanto mais tempo?

Viriato na wikipédia

segunda-feira, 17 de julho de 2006

dezoito anos é...

as moelas no tacho a refogar, e nós dois a discutir qualquer coisa, e o sabor do azedo a ficar doce e os beijos ardentes a rebolarem no chão de alcatifa e o sal e todos os líquidos fervendo. E depois o cheiro, aquele cheiro a queimado que nos fez correr de um salto e, por fim, uma refeição que não era nada de especial e nem deveria ser, não fossem os beijos tão ardentes...

dezoito anos é...

chegar a casa, a mulher na faculdade, mudar a fralda à menina, preparar-lhe um tacho de açorda daquela marmotinha , e ela a comer, sempre a comer sem parar, e eu aflito a ligar à avó e perguntando se podia continuar a dar colheradas de açorda à menina. E ela sempre de boca aberta, e eu aflito...

domingo, 16 de julho de 2006

a maior idade

No próximo domingo, dia 23, irei atingir a maior idade no meu casamento. Dezoito anos partilhados com a minha companheira de sempre. A mulher da minha vida. Isto pode parecer um pouco tonto mas eu arrisco tudo.
Eu sei bem que isto não é nada, não é uma boda de prata nem merece missa nem festa nem convidados especiais. Merece-me a mim e a ela… e aos filhos maravilhosos que este projecto nos trouxe, e, portanto, vou comemorar este aniversário durante uma semana inteirinha.
Por isso estou em retiro nupcial, uma coisa minha em absoluto, mas que tenho gosto em partilha-la com quem quiser embarcar nesta festa.
De um tipo como eu, cheio de contradições e dúvidas, cheio de sonhos e louco por viajar por tudo o que é “sítio”, desesperado com as interrogações da vida, maluco tantas vezes, pode esperar-se tudo. Pode até esperar-se uma coisa destas, uma pieguice, um capricho narcisista de armar em "jubilado" matrimonial ao fim de apenas dezoito anos de casado. Eu corro esse risco e durante a próxima semana vou colocar aqui algumas pinceladas, a cal branca que a tinta está cara, sobre estes dezoito anos a brincar às casinhas.

quinta-feira, 13 de julho de 2006

o estrangeiro

"Na nossa sociedade, qualquer homem que não chore no funeral de sua mãe, corre o risco de ser sentenciado à morte" albert camus


Zinedine Zidane cometeu um acto impróprio num jogo de futebol e que seria sempre impróprio em qualquer actividade. Tivesse sido numa praia, num passeio, num café ou num restaurante, o acto em si é sempre um acto impróprio. Zidane, argelino, assumiu o facto em si mas não se arrepende. Pediu desculpas à alegada vítima e a todas as outras vítimas, mas não mostrou arrependimento. Zidane é um enorme jogador de futebol, como podia ser um enorme funcionário público ou um grande escritor, e não mostrou arrependimento. A FiFa vem agora ameaçar o homem com a perda do troféu de melhor jogador do torneio, não pelo crime em si mas sim porque Zidane não mostra arrependimento perante os homens e deus (neste caso a Fifa). Zinedine Zidane comporta-se neste filme como o "Estrangeiro" de Albert Camus. A sua liberdade individual leva-o ao cúmulo de recusar a humilhação perante os deuses desta coisa que é o futebol e o espectáculo e as pessoas e o mundo. Zidane, se continuar assim, será sempre um herói. E um estrangeiro também.

UM POEMA

Não tenhas medo, ouve:
É um poema
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz...

Miguel Torga

terça-feira, 11 de julho de 2006

Play

O jogo da moda.

via Sardanisca

six feet under

O Six Feet Under acabou. Ontem passou na RTP2 o último episódio de uma série terrivelmente fascinante. E teve um final, o que é de saudar, embora haja quem lamente um final daqueles. Eu confesso que me arrepiei. Porque tenho quarenta anos, tenho filhos e tenho a certeza absoluta de que o tempo passa. Sou de sessenta e seis e o Nat era de sessenta e cinco. Morreu aos quarenta, como posso morrer eu também. Os meus filhos durarão até às décadas de oitenta deste novo século, ou noventa, quem sabe. Eu não. Daqui a trinta anos tudo isto é passado. Foi o que disse Nat à sua irmã: “Tudo isto já é passado”. E o futuro o que é? Sete palmos de terra, com sorte.

das causas , ilustres causas...

Caro Luis, a questão da língua portuguesa mantém-se evidentemente. Os principais portais internacionais esquecem-se da nossa língua, a não ser quando têm como alvo o mercado brasileiro, que é enorme.
No que toca à petição, devo dizer-te que nem 30.000 assinaturas foram suficientes para fazer com que alguém olhasse para isto com olhos de ver. O que se passou foi apenas um dedilhar de curiosidade, coisa que a comunicação social faz sempre tão bem, seja com petições seja com burros peregrinos ao estádio da Luz. Nada mais foi feito. A Federação nunca quis saber, os responsáveis governamentais nunca quiseram saber e o site da Fifa lá continua com as suas quatro entraditas, imutável, autista, disfarçando a coisa com este sub-site cheio de novas entradas, incluindo uma em língua portuguesa…
Mas entendo bem a tua iniciativa. Seria preciso muito mais gente a questionar, não só este mas tantos outros portais que continuam a ignorar a língua de Camões.
Sinceramente, caro Luis, não estou a ver-me assim metido noutra. Principalmente porque sinto claramente que fiz a fogueira mas não cozi o pão. Não tenho poderes para tanto, não sou ninguém e ainda bem. Ainda há dias me vi envolvido numa querela com Luis Carmelo porque me achei ignorado quando este prestigiado ensaísta falava sobre Causas e Micro-causas. Ninguém quer saber disto para nada, é o que eu posso concluir. Preferem o ilustre burro a rumar ao estádio da luz. E eu não me tenho nem por ilustre nem por burro...
De qualquer das formas o meu sincero agradecimento pelo teu não esquecimento.

segunda-feira, 10 de julho de 2006

coisas assim

Não estou com muita disposição para dizer qualquer coisa. As segundas-feiras são sempre assim e eu acho-me muito capaz de não saber o que fazer. Talvez a dose de cafeína não tenha trazido nada ao meu dia.

Coisa única: o Fado Falado tomou a iniciativa de escrever sobre o Mundial de Futebol Alemanha 2006.

Outra coisa única: saudar o regresso do Elasticidade.

sábado, 8 de julho de 2006

mundi alices (ou de como acabou uma coisa bonita e de como é legítimo dizer: Queremos mais!!)

A principal vítima da "Scolaridade Obrigatória". Em meia dúzia de minutos fez mais do que Pauleta fez em todo o torneio.



O logro. Este rapaz teve tudo: seleccionador, imprensa, colegas de equipa... Tudo. E mesmo assim falhou. Reforma já.



O "Cheese acto". tantos minutos em jogo e tantas oportunidades falhadas. Um acto falhado.




O injustiçado. Para mim é já o melhor jogador do mundo. Oxalá o Real Madrid o leve para Espanha. Merece muito mais do que aqueles narcisistas ingleses. Já tem direito a poema.

sexta-feira, 7 de julho de 2006

mundi alices (ou de como em 40 anos o que mudou continua mudo)

Sabe-se que em 66, Portugal foi muito mal tratado quando se preparava para defrontar a Inglaterra nas meias-finais. A equipa teve de fazer uma viagem de última hora (creio que de Manchester para Londres) quando deveriam ser os ingleses a viajar. Consta-se que nem hotel havia quando chegaram e fala-se que a comitiva portuguesa se preparava para formalizar um protesto quando um telefonema de Lisboa fez com que nada disso fosse feito. "Ide para o estádio e joguem a meia-final e venham para casa...caladinhos", disseram-lhes.
Nos nossos dias aconteceu de novo algo parecido. Todo o poder dos lóbis europeus caiu em cima dos nossos jogadores. Foi montada uma campanha suja, denegrindo o nosso bom-nome. O governo desta vez não "tem poderes" para nos mandar calar. Mas calou-se. Acobardou-se. Mais uma vez fomos o rosto da nossa pobreza franciscana.
Eu ainda acredito, contudo, que um dia isto vai mudar e que Portugal será o oitavo país do mundo a consagrar-se campeão. Porque tínhamos e teremos futebol para eles todos - os de lá e os de cá.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Forza Itália

Pronto, ardemos. E qual é o problema? O treinador falhou, os jogadores falharam, mas Portugal esteve bem neste torneio. Muito bem.Tinha de ser a besta da França e tinha de ser com um penalti. Tinha de ser...

Neste momento é hora de se passar um atestado de reforma a Figo, Costinha, Pauleta...e Deco.

De resto, sou Itália no próximo domingo. Forza Itália!!

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Aliados

No coração do Porto era assim. Havia relva e canteiros e flores e eu ia até ali com a minha menina ver as pombas e escolhiamos um banco de jardim e ela corria e as pombas fugiam e as pessoas circulavam felizes, em calhando...

O coração do Porto ficou assim. Nu. Não há relva nem canteiros e a pedra fria é bonita para quem vem de primeira vez. Impressiona. Mas a relva, os canteiros e as flores...

terça-feira, 4 de julho de 2006

mundi alices ( ou é urgente uma nova ordem )

A Itália sabe. Sempre foi assim a Itália, à espera da estocada final. Por isso eles não ligam muito a touradas. Vamos lá ver se somos capazes de fazer a nossa parte para que o eixo Franco-Alemão saia definitivamente derrotado..

mundi alices

É assim que este Bandeirante conquista o mundo!

segunda-feira, 3 de julho de 2006

pões na conta se não te importas?

O Paulo Querido criou um tal de Marcantes, que é uma coisa que ele sabe fazer bem. Esse tal de "marcantes" informa quando o "meu" food-i-do anda de marchantes. O problema é que sou sempre eu quem escreve no blog, já sou dos mais antigos, já tenho quarenta anos e bebo e fumo e fumo, mas lá no marcantes diz que quem actualiza o Food-i-do é um tal de Alfredo Caiano Silvestre.
Cum carago!
Ora foda-se Sr. Alfredo! Ora quilhe-se Sr. Querido! este blog é meu! Não é do Sr. Caiano, cum catano! Tinha de ser logo na puta da semana em que eu vi portugueses a foder ingleses? Não podiam esperar um bocadinho mais? Ou é só mais uma daquelas criações abestalhadas que, como quase todas as coisas abestalhadas, acaba sempre por descambar e depois dizem que é um "Bug" ou o raio que o parta?
Vou beber mais uma "mine".
Ó Lina! Olha uma "mine" faxabor...E bota na conta que alguém ha-de pagar isso.

mundi alices e os novos Bandeirantes

Delicioso início de semana à espera de novas aventuras dos "Bandeirantes" que é o que estes gajos são, porque andam aí a conquistar territórios aos índios da Europa, de bandeira em riste e liderados por um autêntico sucessor de Borba Gato e outros, que à época conquistaram o novo mundo para além do Tratado de Tordesilhas. E se o jornal "A Bola" anda a pedir sugestões para dar nome a estes novos "Magriços", era bom que deitassem olho na história Luso-Brasileira e confirmassem estes rapazes como os novos Bandeirantes da era moderna. Que é o que somos todos nós, também, com as nossas bandeiras lá bem no alto.

P.S.: Delicioso o acto de contrição dos advogados de Vitor Baía.
Delicioso perceber que nem o censor oficial do futebol resistiu.

sábado, 1 de julho de 2006

É tudo uma questão de estar lá ( ou de como me apetece dizer aos ingleses: Fuck You)

Pronto, pronto. Portugal, aliás Ricardo, arrumou com os bifes, esses murcões armantes filhos da mãe. Amei esta vitória por tudo e porque era contra os bifes.
Quarenta anos depois, Portugal está nas quatro melhores equipas do mundo. Venham os da "la lingue panelaire" porque temos contas a ajustar.
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