Ano bom este que agora finda! Logo no início, em janeiro,
trouxe-nos a bebé Margarida que me fez avô pela primeira vez. E que bom é ser
avô e poder ver esta menina a crescer…e eu quero tanto viver esses momentos
mágicos, meu Deus como quero!
Ano bom também porque
sobrevivemos, porque fizemos as coisas boas e simples que costumamos fazer e os
nossos filhos, que estão fora, visitaram-nos nas festas e no verão, o que é tão bom!
Ano sereno onde fiz amizades, fui ao “febras”,
fiz piqueniques, fui à Meia Praia, fui campeão. Fiz negócios, perdi outros, zanguei-me,
chorei…li pouco, é certo, mas ouvi muita música, ri bastante, bebi cerveja e comi bem.
E também houve perda. O primo Joca, que foi arrancado abruptamente
deste mundo. O Joca já tinha sido arrancado abruptamente do seu mundo, que era África.
O Joca era um leão de olhar meigo, porém enjaulado desde muito cedo numa terra
estranha para ele e passava os dias a olhar para o sul, sonhando voltar àqueles
prados verdejantes, saborear a brisa quente do Índico e namorar o pôr do sol.
Oxalá ele encontre, agora que partiu, o seu paraíso perdido.
Bom Ano Novo!