dia último, ano de merda. de quase nada, de muito pouco. ano cheio de inglórias conjunturas. de sonhos parados, de mínguo cinema, de nenhum teatro e poucos concertos. ano passado a pão e água, de uma espécie de farinha-de-pau com meia dúzia de grãos de arroz. de massas, muitas e variadas massas, com natas, atum, cogumelos. nada de lagostas e muito pouco leitão da bairrada.
ano a fingir que nos aguentamos, sôfregos e a engordar de velhos. ano adiado. muito quieto e quase morto.
por vezes sorriu-se, ousou-se, quase sempre se desistiu. ano cheio de contas, de cartas cobrança. e os filhos crescidos, precisados de roupas, propinas, passes rodoviários, dinheiro para a noite académica. e o dentista, meu deus.
e os sacrifícios, as manhas, o controle absurdo dos desdinheiros. uma luta. um ano de merda.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
do Equador, um Marco...
Da série "Equador", cujo livro não li, gostei muito do Marco Horácio. Palpita-me que este rapaz consiga fidelizar-me a uma produção da TVI cheia de espaços mortos, recortes de imagens tipo anos 30 (aquela cena na varanda no Hotel da Ericeira meteu dó) e figurantes em desfile quase fúnebre (não acredito que a espécie humana se movimentasse tão lenta e pausadamente no início do Séc. XX).
Marco Horácio, qual rouxinol em aviário estafado, salvou este primeiro capítulo. Surgiu fresco, talentoso e cheio daquele ar saudável que raramente se vislumbra nos actores portugueses.
Marco Horácio, qual rouxinol em aviário estafado, salvou este primeiro capítulo. Surgiu fresco, talentoso e cheio daquele ar saudável que raramente se vislumbra nos actores portugueses.
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