terça-feira, 2 de dezembro de 2003

UMA IDEIA. Pelo que leio nos jornais, este ano haverá cadeirinhas vazias ao lado daqueles cavalheiros que fazem de Pai Natal, nas ruas e nos centros comerciais de Mogiel — uma cidadezinha sensata da Nova Zelândia —, para que as crianças não se sentem nos joelhos do velhinho. Comentando este post do FJV, devo dizer que não concordo nada com estas atitudes altamente mesquinhas e parolas das autoridades políticas, estejam elas em Portugal ou numa Patagónia qualquer. O Pai Natal não deve dar colo às criancinhas? Qual é o mal? Bem sei que o FJV ironiza ao dizer "eu sempre desconfiei dele", mas na verdade eu nem sequer consigo achar piada àquilo. Sendo eu pai e tendo eu dado muito e bom colo aos meus filhos, espero um dia poder ter netos, muitos, a quem possa, um dia também, dar muito desse colinho. Espero, e anseio, não vir a assistir por cá a qualquer tipo de imitação pacóvia destas iniciativas dos antípodas (eu diria: sabe-se que a Nova Zelândia fica no outro lado do mundo mas a porcaria importa-se rapidamente). Espero que não andemos sempre a ver fantasmas onde não há e lembrem-se que o Pai Natal, não sendo uma referencia do meu imaginário Natalício (a minha é e será sempre o Menino Jesus), representa também um conjunto de valores que em nada poderá traumatizar as criancinhas que se acodem do colinho dele. No mais, quem pode ficar traumatizado são os pais devido à forte carga comercial que qualquer Pai Natal, digno desse nome, representa.

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