terça-feira, 27 de outubro de 2015

breve contribuição para a preservação do rojão do redenho

Numa frase daquelas que rolam nas redes sociais diz-se que não há melhor amigo do que aquele que adora comer, ou melhor, que á cada vez mais à mesa que se cultivam as amizades reais, já que a espécie humana, para além de se servir do dildo e do smartphone cada vez em maiores quantidades, insiste em criar e manter a sua condição de ser gregário através das redes sociais digitais. Sim, digitais porque também ainda existem redes sociais físicas e essas estão cada vez mais condicionadas pela nobre função gastronómica onde, à volta de uma mesa, se fazem os mais complexos tratados de amizade, casam-se os namorados, afinam-se os movimentos politicos, preparam-se as revoluções e mata-se o bicho, vá.
Por isso, sempre que alguma entidade mor se atreve a nos reduzir a margem de manobra gastronómica  ao dispor das nossas parcas carteiras, isto é, tirar-nos o apascento de uma moira, a tranquilidade de uma loncha de presunto ou a altivez de um rojão do redenho, isso implica que o factor solidão/isolamento cresça em cada um de nós de tal forma que um dia ainda vamos ter que reaprender a encarar pessoas de frente nos tempos livres de que dispomos. O que não se afigura nada fácil, creiam-me, até porque a religião já se tinha encarregue de nos separar gastrogeograficamente.
Vem isto tão a propósito que eu até ando a ler um livro (1) sobre a Primeira Guerra Mundial e que diz, por exemplo, que na França andaram a confiscar cabras para dar de comer aos indianos que foram aos milhares para ali, em ajuda aos aliados, e não podiam comer vaca, cum catano! E o pobre agricultor, que se queixou e bem, tinha de se lhe ver requisitadas as cabras, depois de lhe terem levado os filhos e de lhe terem comido o pão. Raios, ao menos não lhe levassem os olhos para que pudesse chorar, como chorou, dissera um deles.
 Acho pois todo esse alarmismo da OMS contra os enchidos, fumeiros e afins, de que provoca o cancro somado ao já estafado veredicto de que nos lixa as coronarias e portanto nos mata,  uma espécie de contribuição imoral para o extermínio da humanidade enquanto grupo de pessoas e consequente criação de uma especie estranha de hominídeos que se alimenta de erva disfarçada de croquetes da avozinha.
 De modo que, e para fazer um certo lobi junto de quem me possa estar a ler, acho eu, e é bem que o diga, que essa tal organização mundial não passa de uma seita recheada de religiosos inimigos do porco e suas transformações e outros fanáticos vegan e aposto que deve andar por lá um que é primo do dono da Lusiaves.

(1) O Grande Rebanho, de Jean Giono




quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O Presidente da Republica, Cavaco Silva, acaba de indigitar o líder do PSD para formar Governo. É um direito que ele tem e eu não o posso contestar embora não concorde, embora possa entender que podia ter sido tomada outra solução. Ponto final parágrafo.

Parágrafo mas com uma grande ressalva. É que o PR, sendo um homem de Direita, antigo primeiro-ministro à custa dos votos dos que nele votaram, não pode nunca tecer as considerações que teceu acerca de partidos que tiveram votos nestas eleições, que são legais e que jogam as regras democráticas que norteiam o nosso país. Partidos que têm eleitores, milhares de eleitores.
 O PR é, devia ser, o Presidente de todos os portugueses, não é um labrego qualquer, tem perfil de institucionalista mas padece de um mal: julga-se líder supremo de uma seita e tudo faz para a salvar, para a manter na ribalta do poder. Mas como é possível um PR actuar desta maneira? Só o pode fazer porque este país não tem um verdadeiro júri, que devia ser o Tribunal Constitucional, que o deveria impedir de ter o discurso que teve.
 Nna verdade o que o PR disse foi que ele apenas escolhe governos por via da visão que tem ao nível do carácter dos partidos.  
Então para que há eleições, pergunto eu? Para que nos pedem para votar? Para que é que financiam partidos com orientações diferentes das destes senhores? Estes partidos são ilegais se forem contra o Euro? São ilegais se forem contra a NATO? Ou só o são, pelos vistos, quando o PR verifica que eles passam a ter uma voz activa na formulação de um Governo que, pasme-se, vai contra o poder instalado?
Penso portanto, e quero daqui gritar, que isto é uma injustiça, uma golpada, uma ditadura disfarçada. Se me autorizam a votar num determinado partido, não podem vir agora tecer ataques de carácter contra esse partido só porque ele obteve um estatuto de decisão governamental através de VOTOS LIVRES, tão livres como todos os outros. Sinto-me portanto ultrajado, desrespeitado nos meus direitos como democrata e cidadão quando o PR do meu país considera, de forma completamente orweliana, que há votos mais democráticos do que outros.


 Eu votei num partido legalmente constituído e no qual eu acredito e me revejo e apenas quero que ele seja respeitado, principalmente pelas instituições democráticas que deviam ser o mais firme alicerce da democracia que vigora em Portugal.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

aprendi que democracia=direita. só há democracia se a direita ganhar.


Mais de 40 anos de democracia e de governos de direita que nos levaram para a miséria. 

Chega de sermos explorados por uns quantos, basta de humilhação. Veja-se a Suécia Estado Membro da União como nós e onde se trabalha apenas 35 horas por semana e nós, aqui com empregos precários e os patroes a forçarem os empregados a assinar isenção de horário só para que possam estar nos locais de trabalho até AS 22 HORAS, por exemplo, e ninguém lhes poder pegar!
 
Querem a Direita que nos deixou Um país com salário minimo miserável, com um sistema de Saude ligado à máquina dos Hospitais Privados e com um sistema de ensino oferecido aos colegios privados que recebem milhares do Estado só para alimentar a fortuna de alguns e as escolas publicas a fechar e os professores metidos num colete de forças, a terem que trabalhar até aos 65 anos, enquanto os colegas europeus começam logo aos 50 a comprar autocaravanas e a planear belos passeios por Portugal, país onde tudo é barato e as pessoas são simpaticas, pois falam linguas, sabem de tudo mas servem à mesa, fazem camas, tal e qual os seus pais e avós faziam em França e outros paises mas só que esses não tinham instrução? Um país que forma enfermeiros, medicos, engenheiros, arquitetos, cientistas e tem de os mandar para fora porque aqui está tudo tomado nas maos do Capital e da especulação? Um país de desgraçados sem esperança no futuro? Um país onde as filas para a sopa dos pobres são maiores do que as filas para o cinema...?
Tenham juizo e deixem a Democracia Funcionar.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Face a estes resultados eleitorais, mestre Zen diria “pode ser mau ou pode ser bom”...
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