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Por isso, sempre que alguma entidade mor se atreve a nos reduzir a margem de manobra gastronómica ao dispor das nossas parcas carteiras, isto é, tirar-nos o apascento de uma moira, a tranquilidade de uma loncha de presunto ou a altivez de um rojão do redenho, isso implica que o factor solidão/isolamento cresça em cada um de nós de tal forma que um dia ainda vamos ter que reaprender a encarar pessoas de frente nos tempos livres de que dispomos. O que não se afigura nada fácil, creiam-me, até porque a religião já se tinha encarregue de nos separar gastrogeograficamente.
Vem isto tão a propósito que eu até ando a ler um livro (1) sobre a Primeira Guerra Mundial e que diz, por exemplo, que na França andaram a confiscar cabras para dar de comer aos indianos que foram aos milhares para ali, em ajuda aos aliados, e não podiam comer vaca, cum catano! E o pobre agricultor, que se queixou e bem, tinha de se lhe ver requisitadas as cabras, depois de lhe terem levado os filhos e de lhe terem comido o pão. Raios, ao menos não lhe levassem os olhos para que pudesse chorar, como chorou, dissera um deles.
Acho pois todo esse alarmismo da OMS contra os enchidos, fumeiros e afins, de que provoca o cancro somado ao já estafado veredicto de que nos lixa as coronarias e portanto nos mata, uma espécie de contribuição imoral para o extermínio da humanidade enquanto grupo de pessoas e consequente criação de uma especie estranha de hominídeos que se alimenta de erva disfarçada de croquetes da avozinha.
De modo que, e para fazer um certo lobi junto de quem me possa estar a ler, acho eu, e é bem que o diga, que essa tal organização mundial não passa de uma seita recheada de religiosos inimigos do porco e suas transformações e outros fanáticos vegan e aposto que deve andar por lá um que é primo do dono da Lusiaves.
(1) O Grande Rebanho, de Jean Giono
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