Hoje devolvo-me a todas as coisas, deixando-me espalhar pelos materiais como se o meu corpo fosse um estado chumbo derretido. Muito quente, muito fluida, a minha matéria está em estado de devolução às coisas, às formas e aos sentidos. E assim fico com outras formas, mais arredondadas e sem ângulos e arestas vivas. As minhas arestas vivas sangram de um tal desejo de arranhar, de tocar e fazer mexer, e em se devolvendo a outras formas, de arco-íris e flores exóticas, do Índico talvez, de outros mares imensos ou de outras luas argênteas, devolvem-se também ao sonho jamais em mim envelhecido.
1 comentário:
Aorei o seu blog! Parabéns encantada!
Bj´x
Paris
http://jesenssonmanque.blogspot.com
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