terça-feira, 27 de novembro de 2007

difusões

Como naquele conto de Oscar Wilde também eu desejo por vezes que algumas pessoas que me rodeiam não tivessem coração. Não padecessem nem perecessem e que a sua missão não fosse mais que fazer-me rir e brincar comigo sempre que eu quisesse. Não precisariam de ser bonitas, apenas práticas e muito disponíveis. E como naquele outro conto do mesmo autor, gostaria que uma bruxa de cabelos cor de ouro rubro me oferecesse um punhal com cabo de serpente que eu levaria comigo e numa noite de lua cheia eu pudesse cortar a minha sombra e despedir-me da minha alma. E por certo a minha alma desprender-se-ia de mim sem nada reclamar. Não me visitaria mais e eu, assim, poderia enfim mergulhar no oceano dos meus sonhos e beijar os lábios molhados de uma sereia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ahh Oscar Wilde... já me cativou este blog... =D


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