Quanto ao "casamento gay" tenho cá as minhas ideias. Não me incomoda ver o meu vizinho fotógrafo a captar pares masculinos ou femininos em ósculos abençoados. Não me perturba nada ver a Quinta da Boucinha cheia de panilas em festa ou cruzar-me com duas gajas sorridentes e felizes à saída do Registo Civil. Isso não me incomoda. Incomoda-me sim é ver o que vem a seguir, não que tenha medo, que ande assustado. Incomoda-me. Estarei certo? Estarei errado? Perguntem-me, não decidam por mim.
Para quê arregimentar ainda mais o elo entre duas pessoas? Por capricho dos interessados? É pouco. Por via do espectáculo? É pobre. Por uma questão de liberdade individual? Já existe. O casamento gay é uma inutilidade antes de ser um direito. A homossexualidade sempre existiu, o problema é que a homossexualidade nunca se sentiu tão insegura como agora porque ao sair do armário, ao afirmar-se, precisa de se proteger dos seus próprios preconceitos.
Preconceito meu? Certamente que sim mas, c'os diabos, por se pensar diferente, perguntem, não decidam.
Por isso mesmo eu manifesto-me. Sobre a questão do casamento de homossexuais eu manifesto-me. Sou contra. E Gostava de ter a possibilidade de o dizer em referendo, como aliás tive no caso da lei da interrupção voluntária da gravidez.
3 comentários:
Quer dizer ... um contrato não é assim tão nútil ... Em caso de dissolução, está lá tudo escrito, não?
*inútil
eu sou contra todos os tipos de casamentos :)
...be freee, be zenn, paz and love
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