Carlos Carvalhas anuncia que vai fazer o que já fazia há anos: desistir.
O meu partido está em mudança, não se sabe bem para onde vai. Uns dizem que vai piorar e os do Bloco até nem dizem nada, por agora (não vá o diabo tece-las). Ora bem, O PCP vai nomear um novo secretário-geral e seguirá lutando por uma certa afirmação social que tende a ser cada vez mais desprezada. Veja-se o caso do PS e do seu iluminadíssimo novo líder. Aquilo promete.
Daqui para a frente passamos a ter uma cobra, de direita, bicéfala, sendo que ambas as cabecinhas flúem pelo “glamour” da estética e pelo charme da mediocridade obtusa e mediática.
Eu bem que gostaria de assistir a um novo nascer do dia, justo e sincero, de sol para todos. Eu bem sonho com prados de oportunidades e águas transparentes, onde não haja espaço apenas para alguns e vazio para tantos.
Eu sonho muito.
Voltando ao PCP e à esquerda que temos, gostaria de ver outros desafios, outra atitude. Espero sentado.
Andei ali pelo Azimutes (um belo blog - e escusa de agradecer porque eu não sou um “mister”) e vi uma referencia ao DNA do DN. Aquele suplemento rançoso, de onde apenas destaco o espaço que pagam ao Mexia para dizer meia dúzia de disparates, parece que publicou qualquer coisa da blogosfera. E pronto, é da blogosfera, há que comentar. Pois eu não comento. Dou, se quiserem, os parabéns à autora por tamanha distinção. Ela gosta de receber cumprimentos, ainda que muitas vezes provenientes de um Zé-Ninguém qualquer. Um traste comuna, sem pinta e que viu, por acaso, uns frescos de Goya na catedral de Valência (apenas por acaso, estava calor e entrei numa igreja grande e arejada e era a catedral e tinha lá uns frescos e eu vi e fiquei muito “goyesco”).
Sim, um tipo sem estudos só pode gostar das coisas se as viver, se tropeçar nelas. Umas vezes procura-as outras elas caem-lhe em cima. Nunca por nunca tem a autoridade do canudo. Se sabe é “pour azard”, nunca de forma sistematizada e científica. Um tipo sem estudos é capaz de descobrir coisas interessantes porque se interessou, em dado momento, por gosto ou simples futilidade. Um tipo sem estudos é uma torre sem acabamentos, tosca, e portanto, obra ruim.
Bem sei que o anterior parágrafo vai soar, para muitos, a frustração e ressentimento. Para muitos o que ali se escreveu é dispensável e não faz sentido, e principalmente para os tipos que lêem muito e sabem escrever de cor o nome de autores estrangeiros e de medicamentos multinacionais, e que sabem que quando a lua faz um “C” é quarto minguante e quando faz um “D” é quarto crescente (não descobriram isto de forma empírica não senhor. São astrónomos, têm belos compêndios de astronomia e potentes telescópios), e principalmente para os que falam muito bem catalão porque é uma língua riquíssima e, ao contrário do crioulo, é falada por gente erudita e que lê muito e visita muitos museus, e principalemte para os que, apesar de serem formados em letras dão aulas de ciências e até de informática (porque aprenderam “computadores” e há uma disciplina nova no curriculum e é bom de dar, sem maçadas). O que ali se escreveu é dispensável e não faz sentido.
Pode ser. Mas eu escrevi porque posso escrever.
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