terça-feira, 31 de outubro de 2006

crónica dos sagrados princípios,

Aquele miúdo com cara de Burro, como bem notou besugo (e o que diz besugo é para ser dito), levou uma troçada de Zorba-o-grego, o carniceiro da luz, um assassino capaz de matar burros se for preciso, e as coisas ficaram más para o f.c.porto. Porque as coisas para o f.c.porto estavam boas, excelentes. Aliás aquele clube só pode estar feliz por ter nos seus quadros um departamento médico que permite que se agrave uma lesão de um jogador seu, fazendo-o regressar aos relvados e permitindo que ele esperneasse no momento do colectivo orgasmo clitoriano que se deu após o derradeiro apito da grande Final, a mãe de todas as finais, que foi o jogo do pretérito sábado e que valeu apenas três pontos-três (maior troféu nunca se viu, segundo as minhas fontes anónimas). Por certo, aquela aparentemente irresponsável manobra médica foi apenas para que se castigue o grego Zorba, porque provavelmente outras premonições se fizeram entretanto e murmurou-se a palavra Quaresma mesmo antes do S. Martinho e da “Navidad”.
Um clube daqueles tem até um treinador-vidente, evidentemente, que faz premonições. Julga-se que devido à influencia dos acólitos do padre Fontes, ainda dos tempos em que o Ualdo era um simples aprendiz de Mirandela e onde já se lhe notavam algumas faculdades extra-sensoriais misturadas com uma sofrível destreza em matéria de Cartomancia e Quiromancia.
Entretanto houve um dirigente do Benfica que ergueu um dedo para um ou dois energúmenos e isso foi um atentado à moral católica do papado costiano que tem sede no Vale de Campanhâ e cujas cúpulas fazem romaria a Fátima para pagar promessas e cumprimentos de premonições tidas e a ter. Sabe-se, aliás, que a ultima premonição foi o golo marcado no último minuto e que, dizem os entendidos, foi obra do querer e da vontade dos fieis, mas que na realidade (como diz Santos, que já por ali fez milagres como por exemplo rogar aos santos do apito que lhe expulsassem sempre um ou outro jogador em vésperas de defrontarem o f.c.porto), foi mais uma resposta às preces e às orações de toda a hierarquia costiana, incluindo os bispos autarcas e os leigos do jornal o Jogo.
Posto isto, é com muita tranquilidade que se aguarda prisão perpétua em Custóias ou Paços de Ferreira (para evitar a proximidade dos hereges leixonenses) para o grego, que se faça fila para chegar até ao santo Anderson (até São Mourinho já lhe telefonou) e que se guilhotine o famigerado dedo do mal amado conde do Luxemburgo, um traidor que se rebelou e se revelou uma estaca afiada apontada ao paramento azul e branco daquele belo e floral papa.

posto isto, siga o futebol na Europa e oremos…

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