Miguel Sousa Tavares faz hoje no semanário “Expresso” aquilo que eu esperava dele: defender-se da acusação de plágio que lhe foi feita por um cidadão anónimo. E defendeu-se bem, quanto a mim. MST explica-se de uma forma simples e clara, e que até a mim, que nunca li o dito livro, consegue elucidar rotundamente. Mas é também através daquela “defesa” que MST tenta reflectir sobre os Blogs e a Internet em geral, daí resultando a sua manifestação de distanciamento e pessimismo no que diz respeito a este segmento das TIS (tecnologias da Informação). De entre vários considerandos de cariz mais sociológico, MST aponta o anonimato com dedo justamente acusador. O anonimato é, de facto, uma perfeita aberração (e por favor não confundir anonimato com pseudónimos porque os há muitos e bem conhecidos na blogosfera).
O anonimato puro e duro deveria ser desprezado e ponto final. Que me interessa a mim ler um comentário vindo de alguém sem rosto? que me interessa a mim dar crédito a um determinado texto com assinatura anónima? Nada. mas MST percebeu que isso não é bem assim. Percebeu que a imprensa tem necessidade de fugir das linhas éticas com que em principio se norteia para obter a primeira e mais fundamental de todas as razões da sua existência: vender. E para vender qualquer historieta serve, desde que venda. Não interessa muito de onde venha mas sim se ela pode ser acolhida por muitos e muitos mais ainda...
Este é o principal ponto de reflexão que eu, blogger de nome inteiro desde 2003, gostaria de ver discutido de forma séria, sem compadrios e sem lambidelas de cão pungente. Sem as mordomias do costume e que saltam à vista em quase todas as tentativas de reflexão sobre esta matéria . Procure-se um código de forma honesta que introduza alguma eficácia no combate a casos como este e que servem apenas para denegrir a boa fé de quem cá anda, como eu, a tentar fazer disto um efectivo e saudável “Speaker Corner”.
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