segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Como disse ali em baixo, o food-i-do parou. Porque me cansei de uma certa estupidificação blogueira, se me desculpam o termo tão aperaltado. Não há muito que explicar porque facilmente se percebe. Um tipo dá-se conta de que já mete nojo e pronto. Criei o “A Terceira Voz” onde espero continuar a dizer o que me vai na alma.
Aprece por lá, bom amigo, e mostra-te. 1 Abraço.

domingo, 18 de dezembro de 2005

pronto

Em Julho de 2003 criei este blog com o objectivo de ter um blog. Penso que consegui. Amanhã voltarei com outros objectivos. Se calhar mais nobres.Se calhar.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

quem vier morre

O Benfica vai defrontar o Liverpool, actual detentor do título, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões de futebol.

Os jogos:

Chelsea (ING)-Barcelona (ESP)

Real Madrid (ESP)-Arsenal (ING)

Werder Bremen (ALE)-Juventus (ITA)

Bayern de Munique (ALE)-AC Milan (ITA)

PSV Eindhoven (HOL)-Lyon (FRA)

Ajax (HOL)-Inter de Milão (ITA)

BENFICA (POR)-Liverpool (ING)

Rangers (ESC)-Villarreal (ESP)

Reacções aqui

desabafos

Queridos leitores, ao ler este post do meu inimigo dragão fiquei ainda com mais vontade de escrever o que aqui se segue. Há por aqui uma raça de carraças que me mete nojo. Uns desgraçados que se metem a falar de politica e outras coisas com tanta manteiga e vaselina que até as moscas se perguntam se estarão no paraíso. Um cheiro a cu lambido que destrói tudo o que é ambi pur. E porquê? Porque há de facto gente importante, gente que é importante e ponto final. Depois vêm os outros, e toca a participar no grupo de discussão. Toca a meter colherada de mel, porque como dizia a minha avó, o que é doce nunca amargou. E quem recebe mel aceita. Complacentemente abre o pote e cheira e pensa que é do bom. E lá vem a devolução do pote em forma de link. Toma o pote, seu filho da puta e já sabes, quando aqui voltares ai de ti que tragas fel. E não é que o filho da mãe do culambista volta, e volta com mel?! Do melhor! E mais ainda: fica fodido, o lambedor, se vê algum desgraçado a mandar farpas. Tem medo dos gases, da combustão, porque é tanto o lustre de língua que até faz faísca.
Desculpem o desabrido desabafo mas às vezes, queridos leitores, um gajo perde a paciência e descamba. São tentações que só acontecem aos desgraçados. Jamais uma celebridade cairá em coisa assim. E os espermatozóidezinhos que as seguem, rabeiam por ali sempre à espera de melhor destino do que o frio e desconfortável chão de latrina.

Sim, caro dragão. Há, de facto, uma certa esquerda beata que me mete nojo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

mais sentimento

Queridos leitores, não me venham com cenas maradas. Eu sou comunista não filiado e percebo bem que Jerónimo de Sousa jamais poderá chegar a Presidente da República. Não voto nele, como também não votei da outra vez, se é que ainda se lembram do candidato dançarino. Voto Alegre mas isto mexe comigo. Dizem que estou pessimista com este candidato. Mas saibam que oiço tanta coisa, tantos debates e sempre os mesmos a ganhar (isto parece o campeonato de futebol). E depois fico confuso.
Imaginem que ouvi Pacheco Pereira a dizer na “quadratura” e em directo, dirigindo-se a Jorge Coelho, e cito de cor: “disse o que lhe conviu”. CONVIU! Ouviram? Um homem destes a falar assim deixa-me confuso caramba. Nem consegui ver o filme “Mar Adentro” até ao fim. Adormeci! E aquele filme não merece que alma alguma adormeça.
Mas isto é assim. Tantos debates, tanta dialéctica, tácticas, estratégias. E depois anda aí um reclame a um perfume que bota Nina Simone. J’adore!
Quem irá ocupar Belém nos próximos cinco anos, perguntam. E não sabem? Claro que já se sabe. Tudo isto é mais aceleração, maior economia, mais sentimento.

Viva o PCP.

o que poderia ele ter feito mais pelo meu apoio?

No Água Lisa: "Inevitável. Soares, agora na figura de avô do socialismo português, ralhou com o filho (...)

Aquele post resume de forma quase completa o que se passou no debate entre Soares e Alegre. Quase completa porque faltou dizer que Alegre se deixou repreender, comportou-se como um menino de coro, quase esperto mas pouco fiável, respondendo a todas as questões do "headmaster" e muitas vezes acenando a cabeça.
O velho raposo Mário Soares segue o seu caminho, e no seu caminho não há uvas ruins de tragar: há uvas.
Em resumo, Cavaco tem a coisa ganha enquanto a esquerda se consome a medir as distâncias ao (do) eleitorado.
Pessoalmente, apoio Alegre mas começo a perguntar-me: o que poderia ele ter feito mais pelo meu apoio?

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

OLÉ E BLOGANÇO (uma punheta com a mão esquerda) ll

A propósito do debate de ontem entre Jerónimo e Cavaco vou citar um blogger muito famoso que escreveu isto:

Tudo isto é Marco Paulo. Cavaco é Marco Paulo quando toca a mesma música, o mesmo tom e formato: a economia. Jerónimo é Marco Paulo porque "ninguém, ninguém poderá mudar o mundo"
Eu sou Marco Paulo porque tenho "dois amores": M.Alegre e o outro.


a torres ferreira

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

OLÉ E BLOGANÇO (uma punheta com a mão esquerda)

Hoje vamos ver na Sic (20.45) a Dona Esquerda e a Dona Direita. E como podem ver na imagem, a Esquerda é bem mais charme, tem ideias, inspira e prepara-se. Funciona, está rija e recomenda-se. No lado oposto teremos a Dona Direita cheia de tiques e espartilhada ao máximo. Evidentemente que aqui na imagem a Dona Direita foi apanhada desprevenida.
Bem, assim sendo, logo veremos como estaremos de amores.
E aquele título maluco é só para desenganar o besugo, o Tunes e o Miguel e outros: em actos solitários desta natureza, e de todas as naturezas, uso sempre a canhota.

2005 (um balanço food-i-do e só isso)

Blog do ano: erotismo na cidade

Blogger do ano: dragão do blog dragoscópio

Frase do ano: "para os badalhocos dos anónimos: vão-se lavar, seus borrados!" in brolgue brolguista

Revelação do ano: chez maria

Decepção do ano: letras com garfos

Bolor do ano: afixe

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

há momentos

há momentos na nossa vida em que sentimos uma necessidade de repensar tudo, começar de novo.e o tempo nem parece importar-se com isso. ele passa por nós na mesma. e nós aqui parados.

domingo, 11 de dezembro de 2005

o drama de um comunista a ver Cavaco cavalgar num pónei da festa de Santa Rita em Ermesinde

Detesto Soares e enjoa-me ver Vital Moreira de máquina fotográfica a apontar para o vazio. Desprezo o “desenchimento” de Joana Amaral Dias. Temos de ir, dizia ela a um anónimo cavalheiro. Para ela será sempre um “popular”, um daqueles impertinentes a estragar a fotografia. Temos de ir para onde?
Depois repugna-me o Nelo Vingada, boçal, à espera de sopa. E Medeiros Ferreira, pitagórico, a inventar novas fórmulas, a insistir numa campanha do tipo jogo Sudoku.
Voto Alegre por isso mesmo. Para derrotar Soares e essa guarda pretoriana de espadachins da espada frouxa. Voto Alegre na esperança utópica de que Cavaco não vença tudo já e, em não vencendo tudo já, que não seja esse coirão d’oitenta a levar a esquerda para uma casa de alterne. Não quero isso.
Em termos académicos, se me dissessem que seria Soares a disputar uma segunda volta, então, que ganhe já Cavaco.

debates para que vos quero

Eu tenho um problema sempre que me pedem para comentar debates: sou faccioso. Vejo sempre aquilo que os analistas não vêem e fico muito contrariado quando os vejo a pegar em frases com algum “sound-byte” para, a partir dali, fazerem o balanço da vitória “dos deles”. Sim, não me venham com merdas, os analistas políticos são facciosos também. Simplesmente fingem neutralidades obtusas e acabam sempre por ser os mais citados. Do que eles dizem alimenta-se a imprensa e a mente das pobres almas que olham para um debate como se estivessem a ver um filme de Jean Claude Van Demme realizado por Jean Luc Godard. Por isso não vou sequer perder tempo a comentar os debates. Fico-me por uma ou outra achega, como por exemplo afirmar que Jerónimo de Sousa foi grande frente a Mário Soares, como será grande frente a todos os outros. Porquê? Porque ele está ao lado de uma luta constante pela transformação da sociedade. Ele não quer ser PR e não tem necessidade de namorar a puta do chulo ali ao lado.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

just in case

A Fifa cumpriu o que prometera. Criou uma entrada em português no seu site, embora apenas para os conteúdos sobre o Alemanha2006. Uma meia vitória, portanto.

O Francisco deu-me os parabéns pela vitória do SLB. Agradeço.

O besugo faz uma excelente análise à nova novela da TVI. Acrescento que os produtores continuam a desprezar o património imaterial dos sotaques. O Porto merecia a sua marca para além da ribeira e do metro sobre a Ponte Luis I.

Em breve o “2005 ( um balanço food-i-do e só isso)”.

Vou mudar os "comentários" para a Blogger e, assim, será possível mantê-los arquivados e banir os comentadores anónimos.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

SLB-MU ( em casa deles)

Quase fui expulso de um pub. Na colónia todos gostam do Man United. Tive que tentar explicar como é que, simultaneamente, os nossos melhores jogadores estavam lesionados, o nosso melhor jogador era o Nelson, e um dos ex-melhores jogadores estava no banco. Agora vou ali forrar as paredes do meu quarto com as primeiras páginas do Guardian e do Times e já volto.

in Elasticidade

belíssima

via Gândavo

agradecer

ao Luis pela gentileza que me muito me honra.

SLB-MU

Post da semana e simultaneamente a melhor coisa que li (e li muito) sobre a o SLB-MU.

domingo, 4 de dezembro de 2005

o tigre e o dragão

Eu tinha 14 anos, estudava no liceu e adorava a Aliança Povo Unido. Naquele tempo já tudo se fazia para que Soares Carneiro fosse eleito presidente da República mas eu, que não tinha blog, gostava mais de ir ver o Benfica jogar ao Bessa, à tarde, e depois caminhava pelas ruas da Boavista a apreciar os cartazes políticos que inundavam tudo o que era parede. Gostava dos da APU porque me inspiravam um grito de revolta “APu ta que o pariu pá…”. Era pois um tempo de inocências e punhetas, de modo que quando vi um gajo a interromper um programa na RTP a anunciar a morte de Sá Carneiro fiquei inundado por um sentimento de frustração porque não tinha sessenta e tal canais nem a sic nem a sic news e, portanto, levei com música clássica todo o santo resto do dia . No dia seguinte as coisas até melhoraram. Os mais velhos da Escola Secundária De Carvalhos andavam numa roda-viva a distribuir notícias e pesares sobre a morte do estadista e creio bem que até nem houve aulas.
A verdade é que morrera um gajo que eu não gramava. E de quem ainda não continuo a gostar, apesar das estátuas e dos nomes de praças (na Velásquez, por exemplo) e até de aeroportos (ironia mais cabrona não conheço).
Como tenho um blog e é domingo e os putos estão a ver o Tigre e o Dragão na TVI, lembrei-me de falar disto.
Sempre passaram 25 anos sobre a morte de um homem normal que merecia estar entre nós. Não por ser quem foi mas porque apenas morreu puto e de uma morte puta.

sábado, 3 de dezembro de 2005

gaia é assim

uma foto de rara beleza, cujo autor desconheço e que recebi via e-mail.

verdadeiro elo

Há dias alguém criou um blog chamando-lhe “ Quando Calhário” uma variável de “diário”, “semanário” ou “hebdomadário”, se quiserem. Nada mais honesto. Um blog é mesmo coisa para se actualizar quando calhar. O que não significa que se descure o respeito pelos respectivos leitores. Um leitor de um blog não conta com edição em hora marcada. Ele espera que, quando calhar, o editor dê seguimento aos assuntos que trata, seja coerente e mantenha uma lógica de continuidade voluntária. Muitos bloggers espetam-nos, a nós leitores, com determinadas matérias, fracturantes muitas delas, e, depois, quando editam de novo (o tal quando calhar) ignoram-nas, passam-lhes convenientemente ao lado. Isso é desprezar os seus próprios leitores, os mesmos que os cumprimentam quando celebram datas festivas, os mesmos que os chamam quando se querem ir embora, os mesmos que, no fundo, são a alma de um blog.
Deveria haver mais consciência sobre isso, e, ao contrário de andarem a contabilizar audiências e números de comentários (coisa horrorosa os comentários) os bloggers deveriam ter em conta que, mesmo quando calhar, há sempre alguém a contar com um fio de ligação, um elo, um verdadeiro e sincero elo.

neste dia que se celebra qualquer coisa

A sociedade é assim. Ninguém quer saber dos deficientes para nada. Incomodam certamente.
Devo dizer que trabalhei com deficientes durante três anos e a percepção que tenho, embora através de uma das centenas de IPSS’s que grassam neste país, é que se estão todos nas tintas para com os deficientes. O estado limita-se a mandar uns cobres para o associativismo. O associativismo é composto, infelizmente, por pais de deficientes que nada os faria olhar para aquele mundo não fora o caso da desgraça lhes ter trazido um deficiente para dentro de casa.
Ninguém quer saber, passa ao lado. Quase não dá frutos e os que dá estão bem guardados nas mãos sujas de muitos directores dessas instituições, cuja actividade principal consiste em arranjar esquemas para receber subsídios e pagar principescos salários aos directores (não é só no futebol, amigos) enquanto os funcionários (docentes e quadros técnicos fora do ministério da educação) são mal tratados, desconsiderados e têm que se arrastar em volta dos compadrios dos senhores directores, esses bostas que só lá estão porque, como disse, tiveram a desgraça à porta e que não têm preparação alguma para lidarem com a problemática da defici~encia. Mas continuam cruelmente a aglutinar meios para a vidinha apenas e só do filhinho deles. O resto, são números, subsídios e mama.
Por isso, neste dia que se celebra qualquer coisa que tem a ver com a deficiência (não vem nos blogs, nem nas televisões) a minha profunda admiração e sentida homenagem para com todos os técnicos deste país que trabalham horas a fio com pessoas deficientes.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

diga-se o que se disser...

a arbitragem portuguesa é uma merda.

bem vistas as coisas

O staff de Cavaco Silva não anda a dormir. Numa altura em que os candidatos são cada vez mais obrigados a falar, mesmo que nada digam de importante para um debate sério, marcar a grande entrevista para a mesma hora do Porto-Sporting foi uma jogada de mestre. Cavaco pode derrapar à vontade porque os eleitores estão noutra onda.

blogging moment

via blogamemucho

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

a "restauração" V

Um belo dia feriado que levou centenas de portugueses a Espanha, de carteira recheada com o décimo terceiro mês, onde compraram de tudo: joguetes, detergentes, gasolina, tapas, vinos y batatas bravas. Afinal comemoramos o quê?

no profundo

Ouvindo “vintage songs”, Neil Young, Crosby, New Order, Pixies, Led Zepplin, Miles Davis, Mark Lanegan, no meio desta chuvinha insípida, num feriado muito importante da nossa história, da nossa nação (bem sei que isto dos feriados é mais precioso ócio, mantinha estendida sobre as coxas e um ou outro cigarrito nas páginas de uma revista socialyte qualquer - bem sei), e eu com vontade de escrever qualquer coisa mais reivindicativa. Mas oiço agora o belíssimo “since i’ve been loving you” dos Led Zepplin e fico-me por aqui a voar num vintage destes, num zepelim gigante e de sonhos por entre as nuvens da terra e do mar. E vejo o sol, por de entre esta morrinha gelada. Tento chegar-lhe com a mão, ainda que me baste vê-lo para sentir o calor da esperança enquanto a voz, aquela voz aguda e melosa por entre uma guitarra que geme sons de marfim me agita a mente. Submeto-me a uma experiência de quente e frio, sol e chuva, ânsia e temor. Dúvida. Paixão. Querença. Bem querença. Esperança, nem sei. Vivo dias assim e procuro cola-los a um poste sem fios, sem abrigo, sem palavras de amor, sem desenhos de paixão. Um poste desalmadamente frio nesta tarde de Dezembro, de frio, de lástima, de angustia, de medo, de calma, de serenidade. A bateria bate certa e veloz e eu fico pulsando aquele som, vintage, eterno, e o mar ao longe e eu sentado na minha imbecil existência. Na cova da vida. No profundo plástico embalando este gesto.
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