Faz já mais de mês que tenho andado sem meias. Parece estranho estar aqui a falar disto mas tenho para mim que andar sem meias tem um significado bem mais expressivo do que a simples necessidade de refrescar os pés. Por isso falo disso aqui, sabendo que isso não interessa nada, para que um dia, ao reler as minhas coisas, eu possa ter a percepção de que em determinado dia achei importante contar uma coisa destas. Uma confidência, um assunto banal, daqueles que não geram nada e que simplesmente dizem respeito apenas a quem escreve. Escrevo para mim, portanto.
Sem meias, muito despojados, os meus pés agradecem. No Inverno ficarão felizes por se sentirem agasalhados. Talvez eu fale de cachecóis e roupas de lã, ou de lareiras e sopas quentes. Hoje falo de andar sem meias, mas podia falar de ameias e de sereias e de almas cheias, que aconchegadinha anda a minha alma, apesar dos pés quase nus, em absoluta harmonia com a leveza que me pesa o pensamento.
1 comentário:
das coisas simples e mais prazeirosas e nada banais... foge-me o pé para o chinelo...quase sempre sem o chinelo calçado. Ter a energia da terra directamente no corpo, solas, sapatos e afins cortam toda essa energia, deviam ser banidas.... nada banal andar descalça na terra, com água e até lama a escorregar entre os dedos numa tarde de verão ....
Enviar um comentário