quinta-feira, 17 de agosto de 2006

um Fidel é pouco!

A liberdade, essa palavra bonita...na América a liberdade não é bem a liberdade de que todos nós aqui falamos. Bastaria ter lá estado na era Clinton e ir lá agora para ver bem as diferenças. Escutas, e-mails espiados, controle duro sobre as minorias, enfim...uma liberdade baseada em lérias.
Quanto ao dinheiro que entra em Cuba, claro está, é mau. O pessoal preferia ver Cuba arrastada pelo embargo económico que os americanos vêm impondo naquele país. Que morressem de fome e miséria, que se vissem todas as costelas e o fémur e as rótulas bem salientes aos cubanos para que o mundo pudesse assim comprovar a eficácia dessa maravilha que é o embargo económico. Mas não, Fidel organizou-se, tratou de si e dos seus, não há fome não havendo luxos...
E olhem bem para as novas democracias africanas, de cosmética e muito armamento, e holocaustos em potência, que holocausto parece só ter havido um, o que vitimou os amigos dos americanos e dos capitalistas....olhem bem para a liberdade que os povos migrantes usufruem, a de rumar para Norte de África e morrer enclausurados, em porões e sabe-se lá onde mais, à espera de uma oportunidade para encontrarem emprego na bela Europa, cheia de euros e prédios e pontes e cerveja. E eles ali, livres que nem passarinhos, a morrer que nem tordos...olhem bem para os novos ricos da Rússia livre do comunismo e não esqueçam as assimetrias, nem as máfias...olhem bem para o planeta e eu também olho...
E quando olho só me apetece dizer bem alto: um Fidel é pouco!

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