O Alentejo está vivo e, ao contrário daquilo que muitos nos querem fazer crer, muito mais plural. Uma pluralidade quase em círculo fechado porque fora dele, do Alentejo, o único sumo dado a beber são coisas como estas aqui, camiões de areia, sentenças sábias sobre um partido centenário, chavões miseráveis repetidos até à náusea e ilustrados com imagens a preceito. E no Alentejo profundo respira-se democracia, alternância e o debate existe. A norte, e mais a norte, o barulho dos pivots opinantes, o exercício da reformulação sistémica do poder a dois, a síntese ideológica, o compadrio e o caciquismo não são nada comparados com a "organização maléfica" do PCP. A norte o poder é uma coisa que se conquista graças a deus e a tudo. Peniche, vejam bem, chegou a ser dada como sendo uma terra a sul do Tejo, talvez a norte do Mira, porque ali as pessoas não terão visto demasiada televisão.
Entretanto o BE faz a sua catarse como pode. A direita refugia-se no "ser e o nada", existencial, e toda a gente que vê televisão está por dentro do debate sobre a direita volver. Não vale a pena falar disso, dessa coisa branca.
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