terça-feira, 16 de agosto de 2005

Há uma coisa que eu gostaria de vos dizer. A minha filha tem um namorado que conheceu na “Internet”. Sim, porque a “internet” não é só perigos de faca na liga e violações aos molhes.
Um rapaz de Lisboa, calmo e “bom moço”. Conheceram-se em meados do ano passado e andam de namoro desde então. O rapaz deve gostar mesmo muito dela porque só assim se compreende que ele faça todos os sábados uma viagem de comboio até Espinho para se encontrar com a sua “Julieta”. Acho até que o governo deveria estar atento a casos como este. Um governo socialista deveria apoiar os jovens apaixonados, comparticipando nas despesas de deslocação, pelo menos.
Em chegando o verão o jovem pretendente a meu genro lembrou-se de convidar a cachopa para passar uns dias de férias lá pelo sul. Mas um pai que é pai gosta de sentir que domina a situação, embora não dominando nunca coisa nenhuma. De maneiras que eu, em não autorizando, concedi, por outro lado, que poderia o mocinho rumar aqui aos Carvalhos e passar uns “diítas” a trocar “meles” e carinhos com a minha querida herdeira.
E assim foi. Hoje foi o último dia e comoveu-me a despedida deles.
Um pai que é pai sabe bem que estes amores são excelentíssimos e profundamente sinceros. E fica muito bem na fotografia, a conduzir os meninos ao cinema, a transportar os pombinhos à praia… enfim.
Vou beber um copo e fingir que ainda sou eu quem precisa de miminhos.

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