Eu não sei se me devia meter nisto, mas acontece que eu nunca li absolutamente nada de Margarida Rebelo Pinto e tenho até um preconceito no que respeita à literatura pop se descontar um ou dois livros de autores ingleses, que esses têm uns textos com um humor irresistivelmente atraente, e, portanto, sou insuspeito no que poderá, com as minhas palavras, abonar em favor da popular escritora portuguesa. Bom, se por um lado acho muito estranho e, de impulso, reprovável, que MRP tente por todos os meios evitar a publicação de um livro crítico sobre a sua obra, por outro acho de um bestial parasitismo alguém se ter atrevido em fazer sair à estampa semelhante coisa. Um livro? Um ensaio sobre uma escritora light com meia dúzia de livrinhos publicados? Porquê? Porque ela vendeu muitos livros, eis o porquê. E é neste ponto que eu não digo que um crítico literário destes seja um boi. Para mim, é um piolho. Trata-se de um piolho porque o piolho aloja-se em cabeça espessa, quente e bem irrigada, e faz dela sua esplanada sem olhar a mais nada. Desde que dê, o piolho vai lá. Mamar, é só o que o piolho faz.
Voltando à escritora-de-quem-eu-não-gosto devo dizer-vos que até passei a gostar um nico mais da moça, apenas por sugestão. A mesma sugestão, só que inversa, que me leva a detestar lampreia.
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