terça-feira, 25 de julho de 2006

recibos verdes e segurança social

Claro que o Estado sabe disso. Da existência de inúmeros quadros técnicos especializados, com formação e cursos superiores, que estão vinculados a prestigiadas empresas que, por sua vez, lhes pagam um salário modesto com a categoria de "vinculação aos quadros da empresa" e, a montante, complementam os respectivos salários através da prática dos "Recibos Verdes". Claro que o Estado sabe da Existência de milhares de cidadãos que apenas podem exercer o seu trabalho nestas condições. Obviamente que os cerca de 24% que as empresas têm que pagar à Segurança Social são bem mais pequenos e resulta claro que o funcionário apenas desconta os 11% declarados no seu recibo salarial convencional. E vai daí que o dinheiro não chega! Este sistema não garante o bastante para, por exemplo, se atribuir fabulosas reformas à classe política, como é o caso bem fresco de Manuel Alegre e de tantos outros que vivem do sistema político, que jamais pregaram um prego, jamais souberam o que é uma barra de ferro de 32 polegadas, e que assim, bem podem fazer grandes caçadas, fumar vistosos charutos e passear na Fnac comprando tudo o que é livro e DVD, e plasmas, e casas de campo e...coberturas de piscina.
A classe política, independentemente da sua cor, vê claramente que é necessário sacar mais dinheiro aos contribuintes, mas começa sempre pelo ele mais fraco: o cidadão. As empresas, que não votam neles mas garantem-lhes milhares de votos, podem continuar a praticar o "Recibo Verde" e a escusar-se a pagar melhores "vinte e quatro por cento". O que interessa aqui é sacar melhores "onze por cento" aos cidadãos. Estes sim, estão aí para desafogar as verbas necessárias às reformas douradas, quase sempre superiores a 3000 Euros, Justificadas por se ter feito qualquer coisa ao serviço de uma qualquer empresa pública. Nem que seja por 3 meses ou por tempo nenhum, desde que tenham estado lá, não estando nunca.

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