oiço uma música brasileira que passa em determinado blog. não, não se trata de funk brasileiro, nem de forrós, nem doutras modas "escrementais" que o brasil nos traz com assuidade e comercialidade. oiço uma música "bossa nova", a autêntica músca brasileira. gosto. aprecio. saboreio, simplesmente.
entretanto, jantei perdizes regadas com xisto, um douro magnífico. o melhor douro dos nossos dias, pois claro. e também bebi scotch velho sem gêlo. fui burguês, mais uma vez. e gostei, desculpem a sinceridade. e fumei um "partagas", apesar de já nem sequer fumar tabaco.
não fumei mais nada...
deixei-me ficar aqui muito quieto a pensar na possibilidade infinitamente menor de perspectivar a vida feita de outros sentidos, outras sensações. digamos que me estou a ver a amar uma outra forma de amar. uma estranha atração por um gostar dilacerado pela escravização do não consumar, do não obliterar o amor.
estou morto...e vivo. sinto-me vivo, apesar desta contradição. sinto-me muito vivo.
amanhã, hoje afinal, vou procurar cantar sem saber se vou sentir saudade.
sei que vou te amar eternamente, ó minha forma de sol. ó minha melodia destas manhãs frias. ó minha graça de infinitas contradições. sei que o céu existe e não quero perguntar-me de que serve o vento da tarde e a brisa da manhã.
sei que o meu caminho, sozinho, trespassa a acalmia dos teus dias, marca as tuas lágrimas e serve de timoneiro para os teus desencontros.
ah, que bela noite fria de janeiro. ah, que boa sensação de poesia me está invadindo...
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