Aquela pena morta que dá pelo nome de Vasco Pulido Valente escreveu no "DN" de hoje uma crónica onde aborda o cartaz do Bloco que mostra o azeite Três Bês ( Barroso, Blair e Bush) ao lado do asno caído (Aznar). Todos viram aquele cartaz. Todos perceberam, mas o VPV olhou para ele e confundiu-o com aquele reclame da “Renault Laguna” que mostra a paisagem da auto-estrada Lisboa Cascais (salvo erro) povoada de girafas e demais fauna africana. De modo que classificou aquilo, por entre outras elucubrações, fora do contexto paisagístico. Ora bem, para mim aquilo resulta bem claro: a paisagem somos nós, as bestas são aqueles quatro.
sexta-feira, 30 de abril de 2004
O Brasil já era
Estava eu de passagem pelo hipermercado “aucham” e, qual português esperto, não resisti em dar uma vista de olhos nos jornais e revistas ali expostos para serem vendidos e... lidos (até têm lá um banco todo catita). A primeira página do “24 horas” aguçou-me a curiosidade: o actor brasileiro Lima Duarte afirmara que “Portugal está arrogante” e eu lá fui ver o que ele mais dissera. O homem foi honesto. Porque a arrogância que ele refere é verdadeira e saudável, isto é, não vivemos mais no tempo em que tudo o que era brasileiro nos deixava de boca aberta (excepção óbvia para as mulheres – que são obra prima dos portugueses ao misturarem as raças, logo desde o primeiro dia em que viram indígenas). E é verdade, hoje por hoje eles já não nos vêem como os “joaquins” e os “manueis” das padarias e nós é que os começamos a ver como os “iracemas” que nos servem café na baixa e sonham um dia poder comprar uma “elypse” (carro importado) lá no seu morro de vera cruz. É assim mesmo caro Lima Duarte. Lá se fizeram, cá se pagam. O Brasil já era. Humpf.
negócio da china
Este sim é o negócio do sec. XXl. os filhos da mãe andam todos feitos. engodam-nos com as cavalgadas heroicas da justiça, apregoam que tudo vai bem e, pela calada, fazem negiciatas destas. e o zé povinho que se foda. viva a evolução da chamada local para o mundo da mobilidade a sessenta centimos.
[imagem criada por Luis Branco, sacada do barnabé]
para rir
"Vamos a assuntos sérios, agora: como sabemos todos, o que importa mesmo na blogoesfera é saber quem nos linca (?) e quem não nos linca. Tudo o resto é filoxera" in a causa foi modificada
(isto está a ser escrito com teclas em galopantes gargalhadas) o pedro mexia retirou o link do maradona e ele não gostou, amuou e respondeu. a quevedo já abordou o assunto. fico a aguardar mais pormenores sobre este grande momento conturbado da blogosfera lusa. entretanto continuo a rir que nem um tolinho.
"Pensei em vários actos tresloucados, que, sem custo, o fariam em pó. Obtei por algo mais subtil: vou arranjar-lhe uma gaja!" continua o maradona. e eu digo: ó pedro, tu desculpa o descaramento, arranjar uma gaja não é o mesmo que dar uma boleia a um gajo sem carta. tu vê lá se estudas bem a proposta do homem porque no teu lugar eu ficava deserto por conhecer o portfólio do filantropo.
(isto está a ser escrito com teclas em galopantes gargalhadas) o pedro mexia retirou o link do maradona e ele não gostou, amuou e respondeu. a quevedo já abordou o assunto. fico a aguardar mais pormenores sobre este grande momento conturbado da blogosfera lusa. entretanto continuo a rir que nem um tolinho.
"Pensei em vários actos tresloucados, que, sem custo, o fariam em pó. Obtei por algo mais subtil: vou arranjar-lhe uma gaja!" continua o maradona. e eu digo: ó pedro, tu desculpa o descaramento, arranjar uma gaja não é o mesmo que dar uma boleia a um gajo sem carta. tu vê lá se estudas bem a proposta do homem porque no teu lugar eu ficava deserto por conhecer o portfólio do filantropo.
quinta-feira, 29 de abril de 2004
Conversas deliciosas
Um amigo:Olha, o Rui Jorge marcou um auto-golo.
Outro amigo:É das drogas. Amor, tens de deixar o Pulmicort que faz mal.
A mulher do amigo: Mas não jogo à bola.
O amigo do outro amigo: Não te metas em conversas de futebol. (e virando-se para o amigo) olha que a tue esposa não se mete mesmo em nada.
A criada: retirem a palavra esposa já e imediatamente que ela foi banida e proscrita e ninguém a pode mais ouvir senão deito já aqui uma bomba!!!!
Inteligente a criada hein?
Outro amigo:É das drogas. Amor, tens de deixar o Pulmicort que faz mal.
A mulher do amigo: Mas não jogo à bola.
O amigo do outro amigo: Não te metas em conversas de futebol. (e virando-se para o amigo) olha que a tue esposa não se mete mesmo em nada.
A criada: retirem a palavra esposa já e imediatamente que ela foi banida e proscrita e ninguém a pode mais ouvir senão deito já aqui uma bomba!!!!
Inteligente a criada hein?
só mais uma coisinha antes de ir embora
ele há praí tantos blogs a falar de sexo que eu até banzo (cuidado com o que escreves senão a bomba inteligente ainda deixa de te ignorar - um dia destes faço aqui uma etimologia hebdomadária sobre esse nickname). as raparigas desatam a contar coisas sobre o clitoris e sobre a melhor forma de se lhes acariciar os moranghinhos. o pessoal adora e comenta muito, prometendo que as faziam mais felizes que um girassol no alentejo em pleno verão (sabendo o girassol que está lá por causa de subsidios e, portanto, nunca mais sai de lá). depois elas entusiasmam-se. e contam pormenores muito intimos sobre a forma como são possuidas. depois temos os gays e a sua linguagem correctíssima sobre tudo o que cheira a cu. não sei, fico confuso. tenho cá a minha vida sexual e ás vezes ponho-me a pensar no que daria se me deitasse práqui a contar essas coisas. não sei não. talvez aumentasse um ou dois comentários. talvez eu próprio acreditasse nas mentiras aqui escarrapachadas. talvez, quem sabe. mas o certo é que o assunto tem audiencia, lá isso tem que eu já vi. era só. obrigado pela atenção que me dispensou.
suecada
já me estava a esquecer: ontem fui ver o jogo de portugal ao café habitual. era uma sala quase cheia de adeptos da suécia. fiquei confuso carago. tantos suecos e nenhum era loiro. ainda por cima o filho da mãe do ricardo tinha que fazer aquela merda de exibição. depois veio o rui jorge a auto flagelar a nação (correcção: quase toda a nação). de modos que mandei vir uma garrafa de super bock de litro e, "lips around the bottle" (tom waits), passei o resto da noite a jogar poker com os gaijos do costume. deu para a conta e compensou pelo facto de ter estado ali a aturar tantos estrangeiros.
tramado
passei a tarde toda em volta do raio do meu frigorifico. raisparta a siemens e o raio da fama que tem. comprei um "combi" caríssimo, nem 10 anos tem, o filho da mãe, e deu-lhe agora para não fazer frio na zona de refrigeração (o congelador trabalha). chamo um gaijo da siemens (clandestino claro) e o filho da mãe disse que aquilo era coisa grave - ainda assim me chulou 10 euros). tem de ir á siemens para eles darem um orçamento. cinquenta contos para cima o raio da reparação. de modos que resolvi descascar o raio do frigo e testar o termostato. sem sucesso. o raio do peste continua sem dar frio. parece que é da sonda (aquela merda tem sonda!!!). não tenho outro remédio senão este: comprar um filho da puta dum frigorifico novo. quer dizer: um gaijo não tem mais nada que fazer ao pouco dinheiro que ganha. mais um rombo no orçamento. tou foo-i-do.
quarta-feira, 28 de abril de 2004
palavras
Fiquei a saber que anda por aí uma mole de gente a inventariar palavras portuguesas que deveriam, segundo eles, cair em desuso. Ó senhores, digam-me: porque raio deve determinada palavra ser abandonada? Por decreto? Porque vossas idiotências (esta nunca foi usada – caiu em uso, portanto) assim o desejam? Ou simplesmente porque não têm mais nada que escrever e desatam a procurar assunto, nem que seja a armar em “RAR” – refinarias de assuntos ridículos. Chiça!!!
Chevrolets
Ontem li no DN que os americanos estiveram muito perto de atacar Portugal, por alturas do PREC. Daí que comecei a pensar como seria o país, hoje, se acaso tivéssemos sido invadidos pelo “tio sam”. Estaríamos melhor? Mais gordos? Com mais hotéis no litoral? Teríamos armas nucleares, mísseis? Chevrolets em vez de Clios? Quem sabe...
terça-feira, 27 de abril de 2004
popblogs
À medida que o "food-i-do" caminha para um ano de existencia (lá para Julho), vou-me apercebendo do aparecimento de novos e interessantes blogs. Por outro lado não tem havido muito tempo para uma melhor "degustação" desses sitios. Acontece que me habituei a percorrer uns certos poisos e isso viciou-me, confesso. E dado o caso de ter lido hoje, aqui e ali, algumas referencias a Eça, devo dizer que isso me lembrou que por vezes dá a impressão de não existir o "povo" nesta comunidade. Onde andará o povo? É necessário que ele esteja presente. E é através do aparecimento de uma terceira vaga de blogs onde melhor se encontra o povo. Temos pois os "blogs estratosféricos" e os "partnerblogs", a seguir os "loneblogs" (onde me situo), e surge agora a terceira vaga: os "popblogs", livres e descomplexados. A verdadeira Geração de Abril, enfim.
aquele programa
Já sei, ninguém viu. Aquele programa que passa na 2 às segundas-feiras. Estão a ver qual é? Pois, esse mesmo. O presidente da república conversou com Ana Sousa Dias, não foi? Ah, pois foi. E o gajo até se saiu bem carago. Socialista, de esquerda, presidente e tudo. Viram, não viram? O homem teve uma postura de campeão caraças. O homem, socialista, militante, falou bem, não anda a atrapalhar quem governa e promete deixar sossegado o próximo. Pois, pá. Mas e quem é o próximo? Raios, temos uma democracia de 30 anos. Vá lá. Escolham bem o próximo (afinal no blasfémias cita-se quem afirme termos maturidade bastante para elegermos políticos). Eu não quero ter tantas saudades deste senhor.
segunda-feira, 26 de abril de 2004
sexta-feira, 23 de abril de 2004
sexta
Hoje vai ser uma sexta-feira daquelas, uma “desbunda”. A Maria vai a uma festa de anos, um daqueles jantares de comida brasileira com animação a 25 euros por cabeça. Depois vai beber um copo, certamente. Eu vou ficar pela terrinha, vou ao café do costume e enterro-me em copos e “casadelas” (no poker, senhores, que sou companheiro fiel). Depois, e se correr tudo bem, juro que ainda hei-de ir ao “Meu Mercedes”. E desta vez garanto que não me vou deixar levar para dentro de uma discoteca qualquer.
(R) Evolução
O João Carvalho Fernandes fez um pequeno comentário sobre o tema supra citado. Numa frase redutora pretendeu denunciar a "conversa de chacha" que, segundo ele, é "do interesse do sistema que nos governa há 30 anos". Fico à espera que desenvolva, que meta a segunda.
Andrades ou o reflexo portov
estou claramente de acordo com o besugo quando pede mais caracter ao Deco. Não vi o jogo em directo mas pude ver num resumo, com calma, o movimento do J Andrade a pontapear as costas do portista. para qum está fora do contexto aquilo tem ares de comportamento anti desportivo violento, logo o árbitro foi levado. Só que o teatro não é só na área para os penaltis. O Deco fez teatro, impulsivo é certo, para uma expulsão - Já tinha feito o mesmo com Eder e com o Ricardo Rocha. Que nome daria Pavlov a este comportamento? Reflexo "portov"? Talvez.
Early morning friday
Fui assaltado, merda de cena. Estes "gaijos" partiram-me o vidro do carro, remexeram tudo e não levaram o "Nighthawks at the Diner" de Tom Waits que ando a ouvir. Incrível como até uns larápios de merda pegaram no CD e, supondo que devem ter visto o que era, deixaram-no sobre o banco, abandonado.
Foste tu, Tom, o grande responsável moral por esta desgraça que me aconteceu. Não foras tu, Tom, eu já não vinha para casa tão tarde, e tão mocado, de tal maneira que nem tive coragem de arrumar o carro na garagem. E por isso, Tom, o meu carro foi visitado, possuído por uma cambada de miúdos que jamais irão curtir um charro ou um copo com a tua musica em fundo.
De modos que vou ter de participar a ocorrência à GNR. Não que eles resolvam o problema, descubram o assaltante, nada disso. Simplesmente tenho que ter uma queixa na mão para que a companhia de seguros me pague (descontada a franquia) o raio do servicinho que estes "gaijos" me arranjaram.
E é sexta feira!!! Tão bom.
Foste tu, Tom, o grande responsável moral por esta desgraça que me aconteceu. Não foras tu, Tom, eu já não vinha para casa tão tarde, e tão mocado, de tal maneira que nem tive coragem de arrumar o carro na garagem. E por isso, Tom, o meu carro foi visitado, possuído por uma cambada de miúdos que jamais irão curtir um charro ou um copo com a tua musica em fundo.
De modos que vou ter de participar a ocorrência à GNR. Não que eles resolvam o problema, descubram o assaltante, nada disso. Simplesmente tenho que ter uma queixa na mão para que a companhia de seguros me pague (descontada a franquia) o raio do servicinho que estes "gaijos" me arranjaram.
E é sexta feira!!! Tão bom.
quinta-feira, 22 de abril de 2004
Alguém nos quer vender
Veja aqui a prova liquida de que tudo o que possa estar relacionado com a marca S.L.Benfica tem valor, e não é pouco. Saiba o L.F.Vieira aproveitar sem se aproveitar, claro.
30 anos
Que dia aborrecido. Anda um “gaijo” aflitinho, a ver se consegue apanhar os prometidos dias de retoma e eis que, de repente, anda tudo deprimido cá pelo Norte. A filha da mãe da justiça anda a meter-se com os símbolos da malta, fazem adivinhar que mais gente dessa poderá ir dentro, e o povo anda triste e apreensivo. O Porto - a cidade - teve uma noite péssima, por via de um mau jogo de futebol com uma arbitragem nada condizente com as outras a que eles, os portistas, estão habituados. Dão agora valor às trivialidades do futebol, às coisas menos boas que podem acontecer num jogo, uma bola na trave, um penalti por assinalar. De maneiras que a cidade está feita num trapo. A Judiciária até estreou um hotel novo em folha, com banho privativo a fazer inveja ao povo das ilhas que abunda na cidade, na mesma cidade que constrói grandes palcos e despeja a malta dos bairros ruins (e a malta não gosta), na mesma cidade que manda parar o transito por via de intermináveis obras (veja-se o caso patético de estarem a decorrer, em simultâneo, obras de melhoramento nas duas principais vias que ligam às duas principais pontes do Douro). Não sei que dizer. Fala-se por aí tanta coisa.
E temos o tal estádio Dr. Jorge Sampaio, mandado erguer pelo edil gaiense, logo os Dragões Sandinenses têm que subir de divisão para se rentabilizar o elefante. E temos o antigo internacional portista João Pinto a comandar o Oliveira do Douro, logo o O. D. Vai na frente e vai subir. E temos o Penafiel liderado pelo Oliveirinha, logo o Penafiel vai subir, e temos o Gondomar liderado pelo vice da câmara e treinado por um irmão dum membro da arbitragem e, em primeiro, também a subir. Temos tudo a subir, gente certa nos lugares certos. Temos o Norte no seu máximo esplendor. Tinha de vir essa filha da mãe da polícia judiciária foder esta merda toda com o apito dourado. Pois…e também temos uma casa de frangos que se chama “Pito da Guia” Temos tudo, jackpots também. É jogar! É jogar, não seja um mero espectador.
...e acabei de ser convidado pelo Google para ser um dos primeiros utilizadores do seu novo serviço de e-mail, o Gmail
.
Eu não dizia que temos tudo?
E temos o tal estádio Dr. Jorge Sampaio, mandado erguer pelo edil gaiense, logo os Dragões Sandinenses têm que subir de divisão para se rentabilizar o elefante. E temos o antigo internacional portista João Pinto a comandar o Oliveira do Douro, logo o O. D. Vai na frente e vai subir. E temos o Penafiel liderado pelo Oliveirinha, logo o Penafiel vai subir, e temos o Gondomar liderado pelo vice da câmara e treinado por um irmão dum membro da arbitragem e, em primeiro, também a subir. Temos tudo a subir, gente certa nos lugares certos. Temos o Norte no seu máximo esplendor. Tinha de vir essa filha da mãe da polícia judiciária foder esta merda toda com o apito dourado. Pois…e também temos uma casa de frangos que se chama “Pito da Guia” Temos tudo, jackpots também. É jogar! É jogar, não seja um mero espectador.
...e acabei de ser convidado pelo Google para ser um dos primeiros utilizadores do seu novo serviço de e-mail, o Gmail
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Eu não dizia que temos tudo?
quarta-feira, 21 de abril de 2004
para ti
Esta musica é linda. Adoro ouvi-la e dançar aconchegado à minha Maria, balançar, balançar assim devagarinho...apaixonado.
pito douro
Ontem tivemos o nosso Abril do futebol. Foi interessante apreciar os rostos resignados das pessoas “ se ele estiver envolvido, para mim é muito simples: choldra com ele”. Ou seja, toda a gente sabe que se manipulam resultados, todos admitem que se rouba escandalosamente e todos estão, por isso mesmo, dispostos a atirar a primeira pedra, nem que seja contra os que idolatram.
E este Abril mostra muita subtileza nos comentários. Ontem, por exemplo, o Rui Santos punha o dedo na ferida, na Sic Noticias, apontando a classe dos jornalistas desportivos como grandes responsáveis, também, pela batota reinante no nosso futebol. Dizia o homem que sabia das dificuldades que os jornalistas desportivos enfrentam quando determinado artigo vai contra determinado clube, determinado sistema (porque não há só um “sistema”), e da subserviência da classe para com os senhores do futebol. Ora é neste preciso ponto que eu me interrogo: tendo sido o Francisco José Viegas director de um desses diários desportivos (adivinhe qual e ganha um doce), certamente que ele sabe muito mais do que o simples facto, mais uma vez conveniente, de que o jornal vende mais se falar do Benfica campeão. Ainda me lembro de alguém do jornal “O Jogo” me ter dito, lamentando-se, que são constantemente obrigados a mudar a 1ª página do jornal, fruto de uma breve visualização pelo director e consequente alteração para um formato mais azul, mais bombasticamente azul – portanto não precisei ser director de um jornal para saber trivialidades como essa coisa do mercado alvo de determinado jornal. Precisava era de saber as outras coisas que só um director sabe. É evidente que vou ficar a saber o mesmo. Porque falta coragem, abundam interesses e nem todos têm os problemas do Rui Santos, despedido do seu “jornal-paixão”, por motivos conhecidos, e onde escrevia como poucos e, portanto, sentindo-se magoado e triste porque o sistema o condenou, vai atirando umas postas menos politicamente correctas.
O Scolari diz que não sabe de nada e isto é um problema nosso, não dele. O problema é que ele não se mete nos nossos problemas e nós persistimos em metermo-nos nos problemas dele. Ai baía...dos desejos.
E este Abril mostra muita subtileza nos comentários. Ontem, por exemplo, o Rui Santos punha o dedo na ferida, na Sic Noticias, apontando a classe dos jornalistas desportivos como grandes responsáveis, também, pela batota reinante no nosso futebol. Dizia o homem que sabia das dificuldades que os jornalistas desportivos enfrentam quando determinado artigo vai contra determinado clube, determinado sistema (porque não há só um “sistema”), e da subserviência da classe para com os senhores do futebol. Ora é neste preciso ponto que eu me interrogo: tendo sido o Francisco José Viegas director de um desses diários desportivos (adivinhe qual e ganha um doce), certamente que ele sabe muito mais do que o simples facto, mais uma vez conveniente, de que o jornal vende mais se falar do Benfica campeão. Ainda me lembro de alguém do jornal “O Jogo” me ter dito, lamentando-se, que são constantemente obrigados a mudar a 1ª página do jornal, fruto de uma breve visualização pelo director e consequente alteração para um formato mais azul, mais bombasticamente azul – portanto não precisei ser director de um jornal para saber trivialidades como essa coisa do mercado alvo de determinado jornal. Precisava era de saber as outras coisas que só um director sabe. É evidente que vou ficar a saber o mesmo. Porque falta coragem, abundam interesses e nem todos têm os problemas do Rui Santos, despedido do seu “jornal-paixão”, por motivos conhecidos, e onde escrevia como poucos e, portanto, sentindo-se magoado e triste porque o sistema o condenou, vai atirando umas postas menos politicamente correctas.
O Scolari diz que não sabe de nada e isto é um problema nosso, não dele. O problema é que ele não se mete nos nossos problemas e nós persistimos em metermo-nos nos problemas dele. Ai baía...dos desejos.
terça-feira, 20 de abril de 2004
Abril
Faltam 5 dias para a comemoração daquela que foi a maior, mais pacífica e esperada Revolução da História de Portugal. Foi há 30 anos, eu tinha 8 e vivi o dia de forma normal, sem me aperceber claramente do grandioso dia vinte e cinco de Abril de mil novecentos e setenta e quatro. De maneiras que não vou enviar qualquer texto ao Barnabé porque entendo que há muita gente com coisas muito interessantes para contar. Vou sim ficar à espera de poder ler toda a matéria que promete animar a blogosfera nesta data festiva. Viva a REVOLUÇÃO!!!
Como?
O que é que se passa? Os homens do futebol estão a ser interrogados? Parece impossível. Um país como este, que nunca se endireita, disposto a reparar o irreparável. Valha-nos santo Estevão que estava a ser torturado e só via graça nos céus.
segunda-feira, 19 de abril de 2004
Segunda
Nestes dois últimos dias muito se falou de futebol, para além dos estafados assuntos da política nacional e internacional. E de futebol li coisas interessantes, outras nem tanto. Percebi que quando o Porto necessita de alguma acalmia interna (o Scolari deve ser o único que trabalha para o país e não para eles) tudo se arranja, para que eles, os portistas, possam preparar o difícil compromisso europeu, a gesta heróica, sem temerem pela perda do título nacional. Adivinha-se que o Mourinho venha a contrariar o paradigma de Bela Gutman – não é possível sentar o mesmo cu em duas cadeiras ao mesmo tempo - embora não tenha conseguido arrebatar o titulo de campeão nacional sem derrotas, pertencente ao S.L.Benfica. O que me espanta é ter lido o “engenheiro” a insinuar que o Paixão estava ao serviço do Benfica. E é corroborado pelos adeptos que na sua via-sacra retardada descambam contra o vermelho, destilando preconceitos a rodos, sendo muito elogiados pela escória portista que inunda o meio. Fiquem sossegados. O Benfica há-de cumprir o seu ideal, mais tarde ou mais cedo. Custa-vos admitir que pelo menos neste fim-de-semana o Benfica foi de longe o que melhor jogou, sem deixar de servir, mais uma vez, de verdadeiro muro de lamentações. Custa-vos admitir que na liga o Benfica jamais venceu um jogo que fosse com a ajuda do árbitro. Custa-vos admitir que o Benfica saiu da UEFA vergado pela ditadura do apito. Custa-vos admitir muitas coisas e só sustentais a arrogância que é própria dos maus vencedores, daqueles que tudo admitem desde que para beneficio próprio. Também aqui, neste domínio, sois uma cambada de FARISEUS. Para futebol já chega e só desejo que o Porto consiga voltar a ser grande na Europa que a mim nada me dói. Sou um adepto habituado a ver bom futebol e não me custa apreciar o que é bom, venha de onde vier. Não me vou armar em “hooligan” só porque um certo “Andrade” arrebita a palavra sempre que lhe dá jeito. Estou fartinho dessa hipocrisia ululante, e vivo pleno de satisfação com as vitórias do meu clube, ainda que escassas e de pouco significado. Sabereis vós merecer o leite divino da sorte e o sopro paterno do apito?
sexta-feira, 16 de abril de 2004
Antero
No próximo domingo faz 162 anos que nasceu Antero de Quental, um “bipolar”, um homem verdadeiramente grande. Todos conhecem o nome, poucos conhecem a obra e o homem. Deixo aqui uma breve apresentação que encontrei na Infopédia da Porto Editora:
Nome: Antero Tarquínio de Quental
Nascimento: 18-4-1842, Ponta Delgada
Morte: 11-9-1891, Ponta Delgada
Antero de Quental é entre nós o grande criador de uma poesia filosófica romântica, influenciada pelos modelos alemães. Nasce em Ponta Delgada, no seio de uma família nobre e com tradições literárias da ilha de S. Miguel. Em 1852, vai para Lisboa estudar no Colégio do Pórtico, fundado por António Feliciano de Castilho, com quem já aprendera francês e latim em Ponta Delgada, entre 1847 e 1850. Um ano depois regressa a S. Miguel, de onde partirá em 1855 para Coimbra, a fim de fazer os estudos preparatórios para o ingresso na Universidade. Aos dezasseis anos, inicia o curso de Direito. Durante a sua permanência em Coimbra, assume-se como uma figura influente no meio estudantil coimbrão, tomando parte em várias manifestações académicas. É por esta altura que contacta com os novos autores e correntes europeias - o socialismo utópico de Proudhon, o positivismo de Comte, o hegelianismo, o darwinismo, as doutrinas de Taine, Michelet, Renan, o romantismo social de Hugo - e, segundo confessará mais tarde, perde a fé. Em 1861, publica em edição limitada os Sonetos de Antero , obra dedicada ao poeta João de Deus, e, dois anos depois, os poemas Beatrice e Fiat Lux . Em 1865, publica as Odes Modernas , poesias de romantismo social, acompanhadas de uma "Nota sobre a Missão Revolucionária da Poesia". Em resposta à reacção crítica de Castilho na carta-posfácio ao Poema da Mocidade , de Pinheiro Chagas, publica os opúsculos Bom Senso e Bom Gosto e A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais , que desencadearam a Questão Coimbrã. Ainda no contexto da Questão Coimbrã, bate-se em duelo com Ramalho Ortigão, de quem viria a tornar-se amigo. Decide aprender o ofício de tipógrafo, primeiro em Lisboa e depois em Paris, onde conhece Michelet e lhe oferece um exemplar das Odes Modernas . Regressado a Lisboa em 1868, e depois de uma curta viagem à América do Norte, reúne-se com os seus antigos condiscípulos de Coimbra no "Cenáculo", grupo onde se discutem as doutrinas recentes e se descobrem os novos poetas (Baudelaire, Gautier, Nerval, Leconte de Lisle e o redescoberto Heine); fruto destes encontros, criação colectiva da Geração de 70, nasce o poeta satânico e dândi Carlos Fradique Mendes. Em 1871, organiza as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, proferindo as duas primeiras, O Espírito das Conferências e Causas da Decadência dos Povos Peninsulares . No rescaldo da interrupção e da proibição das Conferências, consideradas subversivas pelo Governo, Antero vive a sua fase política mais intensa, fundando, com José Fontana, a I Internacional Operária em Portugal e também o jornal O Pensamento Social . Por esta altura, publica as Primaveras Românticas e as Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa . A partir de 1873, manifestam-se-lhe os primeiros sintomas de uma grave doença nervosa, que as mortes próximas da mãe e do pai acentuam, que o leva a consultar em Paris o famoso neurologista Charcot e a submeter-se, entre 1877 e 1878, a tratamentos de hidroterapia. Em 1875, publica uma segunda edição das Odes Modernas , atenuando-lhes o cunho revolucionário. Em 1880, adopta duas órfãs, filhas do amigo e antigo colega de Coimbra Germano Meireles. Nessa altura, devido à doença, isola-se em Vila do Conde, continuando a escrever sonetos e ensaios filosóficos. Em 1886, publica os Sonetos Completos e o ensaio A Filosofia da Natureza dos Naturalistas . Em 1887, redige a célebre carta autobiográfica a Wilhelm Storck, seu tradutor alemão. Em 1890, publica o estudo filosófico Tendências Gerais da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX . No mesmo ano, em virtude do Ultimato inglês, regressa temporariamente à actividade pública, aceitando a presidência da efémera "Liga Patriótica do Norte". Em 1891, suicida-se em Ponta Delgada.
Bibliografia: Da imensa bibliografia de Antero de Quental salientam-se Sonetos de Antero, 1861 (poesias); Beatrice, 1863 (poema); Fiat Lux, 1863 (poema); Odes Modernas, 1865 (poesias); Bom Senso e Bom Gosto, 1865 (opúsculo); A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais, 1865 (opúsculo); Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa, 1871 (ensaio); Primaveras Românticas, 1872 (poesias); Odes Modernas, 2.ª edição, 1875 (poesias); Tesouro Poético da Infância, 1883 (colectânea de poesias); A Filosofia da Natureza dos Naturalistas, 1886 (ensaio); Tendências Gerais da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX, 1890 (ensaio); Raios de Extinta Luz, 1892 (poesias, edição póstuma
Nome: Antero Tarquínio de Quental
Nascimento: 18-4-1842, Ponta Delgada
Morte: 11-9-1891, Ponta Delgada
Antero de Quental é entre nós o grande criador de uma poesia filosófica romântica, influenciada pelos modelos alemães. Nasce em Ponta Delgada, no seio de uma família nobre e com tradições literárias da ilha de S. Miguel. Em 1852, vai para Lisboa estudar no Colégio do Pórtico, fundado por António Feliciano de Castilho, com quem já aprendera francês e latim em Ponta Delgada, entre 1847 e 1850. Um ano depois regressa a S. Miguel, de onde partirá em 1855 para Coimbra, a fim de fazer os estudos preparatórios para o ingresso na Universidade. Aos dezasseis anos, inicia o curso de Direito. Durante a sua permanência em Coimbra, assume-se como uma figura influente no meio estudantil coimbrão, tomando parte em várias manifestações académicas. É por esta altura que contacta com os novos autores e correntes europeias - o socialismo utópico de Proudhon, o positivismo de Comte, o hegelianismo, o darwinismo, as doutrinas de Taine, Michelet, Renan, o romantismo social de Hugo - e, segundo confessará mais tarde, perde a fé. Em 1861, publica em edição limitada os Sonetos de Antero , obra dedicada ao poeta João de Deus, e, dois anos depois, os poemas Beatrice e Fiat Lux . Em 1865, publica as Odes Modernas , poesias de romantismo social, acompanhadas de uma "Nota sobre a Missão Revolucionária da Poesia". Em resposta à reacção crítica de Castilho na carta-posfácio ao Poema da Mocidade , de Pinheiro Chagas, publica os opúsculos Bom Senso e Bom Gosto e A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais , que desencadearam a Questão Coimbrã. Ainda no contexto da Questão Coimbrã, bate-se em duelo com Ramalho Ortigão, de quem viria a tornar-se amigo. Decide aprender o ofício de tipógrafo, primeiro em Lisboa e depois em Paris, onde conhece Michelet e lhe oferece um exemplar das Odes Modernas . Regressado a Lisboa em 1868, e depois de uma curta viagem à América do Norte, reúne-se com os seus antigos condiscípulos de Coimbra no "Cenáculo", grupo onde se discutem as doutrinas recentes e se descobrem os novos poetas (Baudelaire, Gautier, Nerval, Leconte de Lisle e o redescoberto Heine); fruto destes encontros, criação colectiva da Geração de 70, nasce o poeta satânico e dândi Carlos Fradique Mendes. Em 1871, organiza as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, proferindo as duas primeiras, O Espírito das Conferências e Causas da Decadência dos Povos Peninsulares . No rescaldo da interrupção e da proibição das Conferências, consideradas subversivas pelo Governo, Antero vive a sua fase política mais intensa, fundando, com José Fontana, a I Internacional Operária em Portugal e também o jornal O Pensamento Social . Por esta altura, publica as Primaveras Românticas e as Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa . A partir de 1873, manifestam-se-lhe os primeiros sintomas de uma grave doença nervosa, que as mortes próximas da mãe e do pai acentuam, que o leva a consultar em Paris o famoso neurologista Charcot e a submeter-se, entre 1877 e 1878, a tratamentos de hidroterapia. Em 1875, publica uma segunda edição das Odes Modernas , atenuando-lhes o cunho revolucionário. Em 1880, adopta duas órfãs, filhas do amigo e antigo colega de Coimbra Germano Meireles. Nessa altura, devido à doença, isola-se em Vila do Conde, continuando a escrever sonetos e ensaios filosóficos. Em 1886, publica os Sonetos Completos e o ensaio A Filosofia da Natureza dos Naturalistas . Em 1887, redige a célebre carta autobiográfica a Wilhelm Storck, seu tradutor alemão. Em 1890, publica o estudo filosófico Tendências Gerais da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX . No mesmo ano, em virtude do Ultimato inglês, regressa temporariamente à actividade pública, aceitando a presidência da efémera "Liga Patriótica do Norte". Em 1891, suicida-se em Ponta Delgada.
Bibliografia: Da imensa bibliografia de Antero de Quental salientam-se Sonetos de Antero, 1861 (poesias); Beatrice, 1863 (poema); Fiat Lux, 1863 (poema); Odes Modernas, 1865 (poesias); Bom Senso e Bom Gosto, 1865 (opúsculo); A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais, 1865 (opúsculo); Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa, 1871 (ensaio); Primaveras Românticas, 1872 (poesias); Odes Modernas, 2.ª edição, 1875 (poesias); Tesouro Poético da Infância, 1883 (colectânea de poesias); A Filosofia da Natureza dos Naturalistas, 1886 (ensaio); Tendências Gerais da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX, 1890 (ensaio); Raios de Extinta Luz, 1892 (poesias, edição póstuma
quinta-feira, 15 de abril de 2004
O Porto merece?
Não, não vou falar de futebol, apesar de gostar. Acontece que ontem fui ao teatro ver uma peça ligeira, “Quem Matou Ambrósio”, levada a cena pela companhia de teatro Seiva Trupe. Habituei-me a ver nesta companhia um sinónimo de qualidade, desde a época em que fui ver “Um Cálice do Porto” (alguém se lembra?). De modo que sempre que posso lá estou eu a ver teatro bom, escrito por gente boa e representado por actores portugueses e do Porto. Infelizmente no Porto cidade não há publico para o teatro. Infelizmente o Porto cidade é um público “futeboleiro” e idiossincraticamente “sãojoanino”. Felizmente temos a Seiva Trupe e outros que persistem. E temos o Teatro do Campo Alegre, obra notável, sítio confortável, bem equipado, muito bem localizado. O Porto merece?
quarta-feira, 14 de abril de 2004
A Fábula do Vício
Um coelho estava a correr pela floresta fora quando viu uma girafa acendendo um charro. Parou e disse:
- Oh girafa! Para de fumar esse charro que te faz mal, e vamos mas é correr pela floresta! Vais ver como te vais sentir muito melhor!!!
A girafa pensou por um segundo, e disse:
- Tens razão, coelho, bora nessa!
Assim, atirou o charro fora e foi correr com o coelho. Pouco mais à frente eles encontraram um urso a cheirar cola. Eles olharam-se e o coelho saltou logo para a frente do urso:
- Oh urso, deixa-te disso! Só te faz mal, vem mas é correr connosco e sentir o ar puro dentro dos teus pulmões!
O urso saltou para a frente e começou a correr com eles até encontrarem um elefante a snifar cocaína.
- Ó elefante, estás maluco! Dás cabo de ti com esse vício! Vem mas é connosco correr pela floresta!
O elefante pensou um pouco, mas resolveu juntar-se ao grupo, que depois encontrou o leão injectando heroína.
Mais uma vez o nosso amigo coelho:
- Oh leão, para com isso e vem correr....
Nem terminou de falar e levou uma patada do leão que o fez voar uns bons metros. Os outros animais revoltados perguntaram:
- Estás maluco? Por que fizeste isso???
O leão respondeu:
- Sempre que o sacana deste coelho toma um ecstasy, faz-me correr feito um idiota pela floresta!!!
[Thanks to Virtual_me]
- Oh girafa! Para de fumar esse charro que te faz mal, e vamos mas é correr pela floresta! Vais ver como te vais sentir muito melhor!!!
A girafa pensou por um segundo, e disse:
- Tens razão, coelho, bora nessa!
Assim, atirou o charro fora e foi correr com o coelho. Pouco mais à frente eles encontraram um urso a cheirar cola. Eles olharam-se e o coelho saltou logo para a frente do urso:
- Oh urso, deixa-te disso! Só te faz mal, vem mas é correr connosco e sentir o ar puro dentro dos teus pulmões!
O urso saltou para a frente e começou a correr com eles até encontrarem um elefante a snifar cocaína.
- Ó elefante, estás maluco! Dás cabo de ti com esse vício! Vem mas é connosco correr pela floresta!
O elefante pensou um pouco, mas resolveu juntar-se ao grupo, que depois encontrou o leão injectando heroína.
Mais uma vez o nosso amigo coelho:
- Oh leão, para com isso e vem correr....
Nem terminou de falar e levou uma patada do leão que o fez voar uns bons metros. Os outros animais revoltados perguntaram:
- Estás maluco? Por que fizeste isso???
O leão respondeu:
- Sempre que o sacana deste coelho toma um ecstasy, faz-me correr feito um idiota pela floresta!!!
[Thanks to Virtual_me]
terça-feira, 13 de abril de 2004
segunda-feira, 12 de abril de 2004
Descobertas
Há um pequeno maciço logo ali ao lado do IP1 (Carvalhos) que desce até ao mar (Aguda) e que se chama Serra de Canelas. É um pequeno paraíso pedonal e utilizado também pelos amantes do todo terreno, já que tem uma teia de caminhos e outros atalhos muito variados (consta-se que um desses caminhos foi a principal estrada Porto-Lisboa de outros tempos muito remotos). A serra deu e dá de comer a muita gente por via dos enormes veios de granito que por lá abundam. De maneiras que há algumas pedreiras, enormes crateras escavadas pela dinamite, originando autenticos lagos de água doce ( não sei se provocados pelas chuvas ou pelos lençóis de água). E num desses lagos já existe uma aceitável comunidade de patos bravos que ali nidificam e procriam, dando outra cor à já de si bela Serra de Canelas.
Nos ultimos tempos tenho feito boas caminhadas pela serra, acompanhado pelo meu rafeiro e pelo meu filho. Caminhamos debaixo das árvores e ouvimos os pássaros e sentimos uma paz muito boa, mesmo ali ao pé de casa. Uma boa ginástica para o corpo e um óptimo tónico para a mente.
sábado, 10 de abril de 2004
Acordar
Acordei, fui à janela e vi o mar. O céu azul muito claro e ele, o mar, lá ao fundo. É a Primavera no seu esplendor.
sexta-feira, 9 de abril de 2004
Boa Páscoa
Dizem as notícias que o Algarve encheu de gente, nesta quadra festiva. Sinal de retoma ou um gesto de optimismo? E digo eu que a blogosfera esvaziou, entrou em férias também. Uma boa Páscoa a todos.
quinta-feira, 8 de abril de 2004
Páscoa ll
O Entrudo mal tinha passado e aquela gaveta velha, por baixo de uma outra que guarda os talheres desirmanados, já estava cheia de cascas de cebola muito castanhas.
- Quanto mais secas mais cor dão aos ovos, dizia a minha avó com toda a ciência que é coisa de avós. Os ovos cozidos eram a preciosidade gastronómica lá de casa, muito bem pintados por caulinas cascas de cebola, muito bem acondicionados na melhor travessa de loiça de Viana, cuidadosamente desembrulhada do traje que vestia desde a última consoada.
Naqueles domingos de Páscoa raramente chovia. O sol parecia sempre mais brilhante e o cheiro a erva-doce, aquele cheiro da erva que era colocada no chão, qual “tapete”, para receber o compasso deixava-me embriagado de contentamento e realização. O dia começava com a visita do meu padrinho. Aquele homem de ar imponente, com o meu nome inteirinho – Altino Torres Ferreira – aparecia lá em casa sempre impecavelmente vestido, mesmo no tempo em que vinha na sua “Sachs V5” de cinco velocidades, a rainha das motorizadas.
- A sua “bença” padrinho. Era a minha senha de acesso. Era o meu passaporte, “username” e “password” que me habilitavam logo a um pacote de amêndoas, grandes e coloridas, e a uma nota de cinquenta escudos. Aquela nota amarelada, e quase sempre novinha, estaria guardada há muito, pensava eu, com destino ao afilhado, ao menino russo e de cara sardenta.
Nota no bolso e meia dúzia de amêndoas na boca, era altura de receber o compasso. Aquela procissão impressionava. Havia sempre gente ilustre a comandar o ritual. Gente que eu via sempre de roupa velha e que entrava agora, na casa da avó, com as melhores roupas, de gravata a combinar e sapatos gastos mas impecavelmente brilhantes. O ritual de beijar o Cristo na cruz fascinava-me. Ajoelhava-me e, cheio de fé, dava um beijo numa cruz muito cromada onde jazia um Cristo de aspecto mágico e expressão melancólica. Depois recebia um santinho que guardava dentro dum livro qualquer.
Sabia eu que nesse dia de festa ia haver regueifa e um assado mais generoso. E os ovos claro.
Fartura para os mais velhos, já que eu andava com o sabor inquinado pelas amêndoas de tal maneira que só tinha boca para uma canja e pouco mais.
Pela tarde a Páscoa ia embora. Era tempo de mudar de roupa e correr para a “bouça do Marques”, e jogar aos índios e “cabóis”. Não que a Páscoa acabasse ali para mim, era apenas uma pausa. A Páscoa propriamente dita recomeçava na segunda-feira, dia maior na minha terra. Dia de ir à feira do Castelo.
- Quanto mais secas mais cor dão aos ovos, dizia a minha avó com toda a ciência que é coisa de avós. Os ovos cozidos eram a preciosidade gastronómica lá de casa, muito bem pintados por caulinas cascas de cebola, muito bem acondicionados na melhor travessa de loiça de Viana, cuidadosamente desembrulhada do traje que vestia desde a última consoada.
Naqueles domingos de Páscoa raramente chovia. O sol parecia sempre mais brilhante e o cheiro a erva-doce, aquele cheiro da erva que era colocada no chão, qual “tapete”, para receber o compasso deixava-me embriagado de contentamento e realização. O dia começava com a visita do meu padrinho. Aquele homem de ar imponente, com o meu nome inteirinho – Altino Torres Ferreira – aparecia lá em casa sempre impecavelmente vestido, mesmo no tempo em que vinha na sua “Sachs V5” de cinco velocidades, a rainha das motorizadas.
- A sua “bença” padrinho. Era a minha senha de acesso. Era o meu passaporte, “username” e “password” que me habilitavam logo a um pacote de amêndoas, grandes e coloridas, e a uma nota de cinquenta escudos. Aquela nota amarelada, e quase sempre novinha, estaria guardada há muito, pensava eu, com destino ao afilhado, ao menino russo e de cara sardenta.
Nota no bolso e meia dúzia de amêndoas na boca, era altura de receber o compasso. Aquela procissão impressionava. Havia sempre gente ilustre a comandar o ritual. Gente que eu via sempre de roupa velha e que entrava agora, na casa da avó, com as melhores roupas, de gravata a combinar e sapatos gastos mas impecavelmente brilhantes. O ritual de beijar o Cristo na cruz fascinava-me. Ajoelhava-me e, cheio de fé, dava um beijo numa cruz muito cromada onde jazia um Cristo de aspecto mágico e expressão melancólica. Depois recebia um santinho que guardava dentro dum livro qualquer.
Sabia eu que nesse dia de festa ia haver regueifa e um assado mais generoso. E os ovos claro.
Fartura para os mais velhos, já que eu andava com o sabor inquinado pelas amêndoas de tal maneira que só tinha boca para uma canja e pouco mais.
Pela tarde a Páscoa ia embora. Era tempo de mudar de roupa e correr para a “bouça do Marques”, e jogar aos índios e “cabóis”. Não que a Páscoa acabasse ali para mim, era apenas uma pausa. A Páscoa propriamente dita recomeçava na segunda-feira, dia maior na minha terra. Dia de ir à feira do Castelo.
quarta-feira, 7 de abril de 2004
Dedicatória pascal
Eles andam por essa Europa fora. Dedico este poema/canção ao Fernando e ao Hernani.
Big Joe and Phantom 309
(Written by Tommy Faile song by Tom Waits)
well you see I happened to be back on the east coast
a few years back tryin' to make me a buck
like everybody else, well you know
times get hard and well I got down on my luck
and I got tired of just roamin' and bummin'
around, so I started thumbin' my way
back to my old hometown
you know I made quite a few miles
in the first couple of days, and I
figured I'd be home in a week if my
luck held out this way
but you know it was the third night
I got stranded, it was out at a cold lonely
crossroads, and as the rain came
pouring down, I was hungry, tired
freezin', caught myself a chill, but
it was just about that time that
the lights of an old semi topped the hill
you should of seen me smile when I
heard them air brakes come on, and
I climbed up in that cab where I
knew it'd be warm at the wheel
well at the wheel sat a big man
I'd have to say he must of weighed 210
the way he stuck out a big hand and
said with a grin "Big Joe's the name
and this here rig's called Phantom 309"
well I asked him why he called his
rig such a name, but he just turned to me
and said "Why son don't you know this here
rig'll be puttin' 'em all to shame, why
there ain't a driver on this
or any other line for that matter
that's seen nothin' but the taillights of Big Joe
and Phantom 309"
So we rode and talked the better part of the night
and I told my stories and Joe told his and
I smoked up all his Viceroys as we rolled along
he pushed her ahead with 10 forward gears
man that dashboard was lit like the old
Madam La Rue pinball, a serious semi truck
until almost mysteriously, well it was the
lights of a truck stop that rolled into sight
Joe turned to me and said "I'm sorry son
but I'm afraid this is just as far as you go
You see I kinda gotta be makin' a turn
just up the road a piece," but I'll be
damned if he didn't throw me a dime as he
threw her in low and said "Go on in there
son, and get yourself a hot cup of coffee
on Big Joe"
and when Joe and his rig pulled off into
the night, man in nothing flat they was
clean outa sight
so I walked into the old stop and
ordered me up a cup of mud sayin'
"Big Joe's settin' this dude up" but
it got so deathly quiet in that
place, you could of heard a pin drop
as the waiter's face turned kinda
pale, I said "What's the matter did
I say somethin' wrong?" I kinda
said with 8a half way grin. He said
"No son, you see It'll happen every
now and then. You see every driver in
here knows Big Joe, but let me
tell you what happened just 10 years
ago, yea it was 10 years ago
out there at that cold lonely crossroads
where you flagged Joe down, and
there was a whole bus load of kids
and they were just comin' from school
and they were right in the middle when
Joe topped the hill, and could
have been slaughtered except
Joe turned his wheels, and
he jacknifed, and went
into a skid, and folks around here
say he gave his life to save that bunch
of kids, and out there at that cold
lonely crossroads, well they say it
was the end of the line for
Big Joe and Phantom 309, but it's
funny you know, cause every now and then
yea every now and then, when the
moon's holdin' water, they say old Joe
will stop and give you a ride, and
just like you, some hitchhiker will be
comin' by"
"So here son," he said to me, "get
yourself another cup of coffee, it's on the
house, you see I want you to hang on
to that dime, yea you hang on to that
dime as a kind of souvenir, a
souvenir of Big Joe and Phantom 309"
Big Joe and Phantom 309
(Written by Tommy Faile song by Tom Waits)
well you see I happened to be back on the east coast
a few years back tryin' to make me a buck
like everybody else, well you know
times get hard and well I got down on my luck
and I got tired of just roamin' and bummin'
around, so I started thumbin' my way
back to my old hometown
you know I made quite a few miles
in the first couple of days, and I
figured I'd be home in a week if my
luck held out this way
but you know it was the third night
I got stranded, it was out at a cold lonely
crossroads, and as the rain came
pouring down, I was hungry, tired
freezin', caught myself a chill, but
it was just about that time that
the lights of an old semi topped the hill
you should of seen me smile when I
heard them air brakes come on, and
I climbed up in that cab where I
knew it'd be warm at the wheel
well at the wheel sat a big man
I'd have to say he must of weighed 210
the way he stuck out a big hand and
said with a grin "Big Joe's the name
and this here rig's called Phantom 309"
well I asked him why he called his
rig such a name, but he just turned to me
and said "Why son don't you know this here
rig'll be puttin' 'em all to shame, why
there ain't a driver on this
or any other line for that matter
that's seen nothin' but the taillights of Big Joe
and Phantom 309"
So we rode and talked the better part of the night
and I told my stories and Joe told his and
I smoked up all his Viceroys as we rolled along
he pushed her ahead with 10 forward gears
man that dashboard was lit like the old
Madam La Rue pinball, a serious semi truck
until almost mysteriously, well it was the
lights of a truck stop that rolled into sight
Joe turned to me and said "I'm sorry son
but I'm afraid this is just as far as you go
You see I kinda gotta be makin' a turn
just up the road a piece," but I'll be
damned if he didn't throw me a dime as he
threw her in low and said "Go on in there
son, and get yourself a hot cup of coffee
on Big Joe"
and when Joe and his rig pulled off into
the night, man in nothing flat they was
clean outa sight
so I walked into the old stop and
ordered me up a cup of mud sayin'
"Big Joe's settin' this dude up" but
it got so deathly quiet in that
place, you could of heard a pin drop
as the waiter's face turned kinda
pale, I said "What's the matter did
I say somethin' wrong?" I kinda
said with 8a half way grin. He said
"No son, you see It'll happen every
now and then. You see every driver in
here knows Big Joe, but let me
tell you what happened just 10 years
ago, yea it was 10 years ago
out there at that cold lonely crossroads
where you flagged Joe down, and
there was a whole bus load of kids
and they were just comin' from school
and they were right in the middle when
Joe topped the hill, and could
have been slaughtered except
Joe turned his wheels, and
he jacknifed, and went
into a skid, and folks around here
say he gave his life to save that bunch
of kids, and out there at that cold
lonely crossroads, well they say it
was the end of the line for
Big Joe and Phantom 309, but it's
funny you know, cause every now and then
yea every now and then, when the
moon's holdin' water, they say old Joe
will stop and give you a ride, and
just like you, some hitchhiker will be
comin' by"
"So here son," he said to me, "get
yourself another cup of coffee, it's on the
house, you see I want you to hang on
to that dime, yea you hang on to that
dime as a kind of souvenir, a
souvenir of Big Joe and Phantom 309"
terça-feira, 6 de abril de 2004
Páscoa
Os meus filhos entraram esta semana em férias escolares. É o prenuncio da Páscoa. Ela aí vem com seus cheiros a flores e erva doce. A Páscoa é um dos acontecimentos que mais memórias me traz. (continua)
segunda-feira, 5 de abril de 2004
Abril Sempre
Esta imagem testemunha o momento em que foi apeada a foto oficial de Salazar, na sede da policia politica, no dia 25 de Abril de 1974. Volvidos 30 anos ainda há muito boa gente à espera de apear a revolução de Abril.
domingo, 4 de abril de 2004
Casório
Da revista “Grande Reportagem” que sai ao sábado com o JN nada de relevante nos surge, tirando um ou outro assunto, acidentalmente interessante, e uma ou outra descoberta de cerveja, à mistura com os estafados artigos sobre charutos e gastronomia que um certo escritor insiste em manter. E deve manter porque lhe pagam, ponto. De maneiras que a figura de cartaz é o Pedro Mexia que nos vai falando profilacticamente das coisas simples da vida. E desta vez atirou-se de unhas e dentes ao casamento. O homem, famoso e de sucesso, não casa. Ele tenta explicar o fracasso mas certo é que o rapazito não arranja maneira de sossegar as tias com o bendito casamento. Fico a torcer que ele arranje uma companheira e se arrume por forma a poder escrever algo sobre uma coisa que finalmente viva, experimente.
sexta-feira, 2 de abril de 2004
Pode abastecer
Estou como o Terras do Nunca, hoje não me apetece blogar. Imaginem uma viagem, num subúrbio qualquer, à procura de um posto de abastecimento de combustível, parar, olhar o preço da gasolina, apontar numa sebenta, e iniciar a marcha até que o testemunho do depósito lhe diga aquilo que não quer ver. Depois é só desejar estar próximo de um “Leclerc” qualquer ou de um “Carrefour” e … “Pode abastecer".
quinta-feira, 1 de abril de 2004
Abril, Abril, Abril
Entrámos no mês mais carismático da história recente da nação. Lembro-me bem de Abril de 74. Era costume dos mais velhos constituírem equipas de futebol, sempre cognominadas de “Benficas” e “Portos” mas com o aparecimento dos novos partidos políticos passámos a ter os “Pê-ésses” contra os “Pê-pê-dês”. Eu adorava desenhar o símbolo do PPD, aquela seta colorida e arrebitada fascinava os meus lápis de cor, por isso o meu lugar era na claque dos “Pê-pê-dês”.
As “manifs” eram o pão-nosso de cada dia e os comícios fascinavam-me, tão intensos eram os testemunhos dos mais velhos, dos que podiam ir ao Porto, à praça, participar na festa, na campanha, na nova rotina semanal. Depois foi o despertar para um mundo novo, a “coca-cola”, as sapatilhas “Sanjo” e a inauguração do Centro Comercial Brasília (creio que foi o primeiro em Portugal) e as escadas rolantes. Que fascínio. Eu, puto dum caraças, crescia na liberdade, andava à “guna” nos autocarros e apanhava boleias nas “quatro éles” e nos “bocas de sapo” que me levavam e traziam dos Carvalhos ao Porto, à cidade livre e apelativa.
Um certo dia o meu pároco deu-me boleia, e a mais uns tantos miúdos, para Arcozelo (ía apanhar grilos num campo muito bom onde hoje mora a igreja nova da “Santa Maria Adelaide”. Ele era um “Á-dê” fervoroso e perguntara-nos de chofre:
- Há aqui “comunistas”?
Eu, de pronto, disse logo que sim. Entornou-se o caldo.
– No meu carro não entram gaijos desses, andor.
As “manifs” eram o pão-nosso de cada dia e os comícios fascinavam-me, tão intensos eram os testemunhos dos mais velhos, dos que podiam ir ao Porto, à praça, participar na festa, na campanha, na nova rotina semanal. Depois foi o despertar para um mundo novo, a “coca-cola”, as sapatilhas “Sanjo” e a inauguração do Centro Comercial Brasília (creio que foi o primeiro em Portugal) e as escadas rolantes. Que fascínio. Eu, puto dum caraças, crescia na liberdade, andava à “guna” nos autocarros e apanhava boleias nas “quatro éles” e nos “bocas de sapo” que me levavam e traziam dos Carvalhos ao Porto, à cidade livre e apelativa.
Um certo dia o meu pároco deu-me boleia, e a mais uns tantos miúdos, para Arcozelo (ía apanhar grilos num campo muito bom onde hoje mora a igreja nova da “Santa Maria Adelaide”. Ele era um “Á-dê” fervoroso e perguntara-nos de chofre:
- Há aqui “comunistas”?
Eu, de pronto, disse logo que sim. Entornou-se o caldo.
– No meu carro não entram gaijos desses, andor.
Agradecer
Agradecer ao NotinRio, ao 5 minutos, à Pensativa, ao Viva Espanha, ao Perestroika e ao O Café pelo link.
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