segunda-feira, 19 de abril de 2004

Segunda

Nestes dois últimos dias muito se falou de futebol, para além dos estafados assuntos da política nacional e internacional. E de futebol li coisas interessantes, outras nem tanto. Percebi que quando o Porto necessita de alguma acalmia interna (o Scolari deve ser o único que trabalha para o país e não para eles) tudo se arranja, para que eles, os portistas, possam preparar o difícil compromisso europeu, a gesta heróica, sem temerem pela perda do título nacional. Adivinha-se que o Mourinho venha a contrariar o paradigma de Bela Gutman – não é possível sentar o mesmo cu em duas cadeiras ao mesmo tempo - embora não tenha conseguido arrebatar o titulo de campeão nacional sem derrotas, pertencente ao S.L.Benfica. O que me espanta é ter lido o “engenheiro” a insinuar que o Paixão estava ao serviço do Benfica. E é corroborado pelos adeptos que na sua via-sacra retardada descambam contra o vermelho, destilando preconceitos a rodos, sendo muito elogiados pela escória portista que inunda o meio. Fiquem sossegados. O Benfica há-de cumprir o seu ideal, mais tarde ou mais cedo. Custa-vos admitir que pelo menos neste fim-de-semana o Benfica foi de longe o que melhor jogou, sem deixar de servir, mais uma vez, de verdadeiro muro de lamentações. Custa-vos admitir que na liga o Benfica jamais venceu um jogo que fosse com a ajuda do árbitro. Custa-vos admitir que o Benfica saiu da UEFA vergado pela ditadura do apito. Custa-vos admitir muitas coisas e só sustentais a arrogância que é própria dos maus vencedores, daqueles que tudo admitem desde que para beneficio próprio. Também aqui, neste domínio, sois uma cambada de FARISEUS. Para futebol já chega e só desejo que o Porto consiga voltar a ser grande na Europa que a mim nada me dói. Sou um adepto habituado a ver bom futebol e não me custa apreciar o que é bom, venha de onde vier. Não me vou armar em “hooligan” só porque um certo “Andrade” arrebita a palavra sempre que lhe dá jeito. Estou fartinho dessa hipocrisia ululante, e vivo pleno de satisfação com as vitórias do meu clube, ainda que escassas e de pouco significado. Sabereis vós merecer o leite divino da sorte e o sopro paterno do apito?

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