sábado, 5 de novembro de 2005

destruição, destruição, destruição

As notícias de França que correm mundo servem para tudo. Joana Amaral Dias serviu-se disso para nos dizer, com aquele ar de bárbie-anti-globalização, que só o Dr. Mário Soares tem condições de evitar que aqui se viva um fenómeno idêntico ao de Paris. Amanhã, nas eucaristias dominicais a homilia versará o tema, estou quase certo. Juventude, terrorismo urbano, africanos, magrebinos, pobres, essencialmente. E é aqui que está o problema. Os ricos querem continuar a enriquecer e a explorar os pobres, sem piedade, e esperam que estes se sujeitem à sua condição de casta inferior do mundo capitalista. Que se encolham perante o enxovalho, que se resignem perante a discriminação, que morram electrocutados porque são miseráveis. Os ricos fazem a guerra para enriquecerem, nada mais simples e cru. Os pobres destroem os símbolos dos ricos para se defenderem, nada mais justo. Pois o império capitalista vai em direcção a isto: à revolução, à revolta. Não esperemos outra coisa, cobardes que somos, cínicos, amantes das nossas coisinhas. O mundo capitalista caminha para o caos.

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