Verão de 1985. O Live Aid estava na berra e a Juventus tinha-se sagrado campeã europeia de clubes, em Bruxelas, apesar das mortes no estádio. Eu tinha longos cabelos em cachos, cor de trigo muito dourado que se esbateu ao longo destes vinte anos. Estava no Norfolk, a horta de Inglaterra, a apanhar morangos, amoras e framboesas. Naquele complexo agrícola havia uma fábrica de processamento industrial dos frutos silvestres e o encarregado geral era um tipo barbaramente inglês que fazia leilões nos tempos livres. Era um tipo muito conversador, apesar de arrogante. E quando eu lhe falava, timidamente, do meu país, ele só me dizia: - "
Atino, Portugal está cheio de dinheiro. O problema é que esse dinheiro está muito mal distribuído!".
A Avaliar pelo quadro em baixo (que encontrei
aqui) verificamos que a frase do velho "Malcom" continua, e de que maneira, a fazer muito sentido. Vinte anos para nada!
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