sexta-feira, 30 de setembro de 2005

Hoje é sexta-feira. Normalmente referimo-nos a este dia de um modo muito redutor, colando-o sempre ao fim-de-semana. Eu penso que a sexta-feira deveria ser melhor tratada, mesmo por quem tanto a ama. Eu, por exemplo, sirvo-me dela, saio com ela e namoro com ela. Todas as sextas. E jogamos as cartas e bebemos cerveja e dançamos. Mesmo assim penso que ela merecia mais. Que ficássemos em casa a ler e a ouvir música, a trocar impressões sobre o próximo eclipse ou sobre alguma coisa piegas. Que deixássemos os filhos sozinhos em casa e fossemos ver um filme. Mas não. Teimo em ser arrebatador, procurando gente, falar, gritos, risos, perfumes e musica alta.
Ela um dia cansa-se, a sexta-feira.

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