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Lá em cima falávamos de tudo um pouco enquanto bebíamos e olhávamos o rio e as pontes, a velha e a nova que mais parece um clone rasca da ponte da Arrábida, enfim, uma utilidade inestética que obrigará que todos os fotógrafos passem a fotografar o rio sempre virados para poente e por detrás da velha ponte D. Luís (cá chamamos-lhe assim também).
A tarde ia passando e a malta, bebida, tecia odes prenhes de amor eterno àquele cenário único. Eu jurei amores à Ribeira e confessei que quando estava em Norwich me punha a olhar o pôr-do-sol orientando o meu pensamento para a maravilhosa imagem do Porto antigo vista de Gaia. A Ribeira é muito elogiada, e quase ninguém diz senão bem dela. Eu tomo-a por minha porque nela vigora a alma portuense, verdadeiramente plural e descontraída. Como descontraídas são as tardes de Setembro a beber cerveja numa tasca, na Ribeira.
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