sábado, 17 de setembro de 2005

Ontem fui ao Via Rápida, a melhor discoteca portuense (para mim, claro).
Eu ando a ir ao Via Rápida quase todas as sextas-feiras. Vou sempre sozinho porque os amigos preferem outras andanças, para além de que os casados andam de cadeado ao pescoço. Deu-lhes para esse tipo de romance.
Por isso aprendi a gostar de ir sozinho ao Porto, ao Meu Mercedes, na Ribeira ( o sítio onde passa a melhor música) e beber uma cerveja para aquecer. Depois, por volta das duas da manhã, rumo à zona industrial e apresento-me na VR, povoadíssima de imberbes e rapariguinhas de peito muito supinado à entrada. O porteiro repara na minha presença quarentona e faz-me sinal. Adoro quando isso acontece porque me sobe o ego, confesso. E as pessoas afastam-se e eu faço a minha procissão de fé, jurando beber apenas dois gins e fumar três cigarros. Lá dentro a sala está sempre cheia e as trintonas são cada vez mais uma raridade. O pior é quando levo com o cheiro a leite das cachopas, muito decotadas e gordas (estão gordas as miúdas portuguesas senhores!) e com as calças a descobrirem o rego do cu muitas vezes sem cu nem coisa nenhuma.
Deixo-me ali ficar e danço e bebo e gosto de me sentir olhado pelas maduras. Imagino sede de sexo e de aventura, lances de amor febril. Noto-as e elas fogem com o olhar, a dizer que a vida é mesmo assim: “galemo-nos uns aos outros porque amanhã é dia de limpeza e domingo temos de ir à missa”.
E pronto, não tenho mais nada para dizer, descontado aquilo que nada disse.

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