sexta-feira, 30 de janeiro de 2004

Chove na minha cidade. Semana passada comprei o filme, distribuído no “Publico”, de Fernando Trueba, “La belle epoque” que já tinha visto, aliás. Foi com gosto que revi aquele filme premiado com o óscar para o melhor filme estrangeiro nos anos 90. E proponho-me falar dele por via da agora muito falada questão do Iberismo, matéria sensível mas também de alguma relevância. Naquela história simples e pitoresca, passada nos anos 30 em plena guerra civil espanhola (outro tema apaixonante), pude apreciar as semelhanças com a nossa gente. Não deixei de louvar o grande nível cultural que é retratado pelo velho pai, um homem de ideias arejadas e de um modernismo sem mácula. Captei as cores (por acaso o filme foi rodado em Portugal, o que diz muito bem) e registei com deleite aquela citação da “Montanha Mágica” de Tomas Mann. Ao olhar a chuva que cai, passou-me pela ideia, ainda que por breves momentos, como seria este contemplar nostálgico da minha terra se acaso tivesse o nome Ibéria.

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