A porta da garagem abriu lentamente e apenas deixei que o carro deslizasse, contente por se achar finalmente em casa . Em boa verdade, ele e eu estávamos ansiosos por este momento. Ele a encostar no seu poiso habitual e eu a pressentir cada vez mais perto o sétimo andar onde vivo. A porta abre-se e o Alexandre corre para mim, alegre. Tinha cortado o cabelo esta tarde da maneira que sempre quis, rente ao couro cabeludo. A Catarina no seu habitual ponto de encontro: a Internet e a minha mulher com aquele olhar meigo e colorido: Já vieste?
Isto - o meu regresso a casa - realmente aconteceu e acontece todos os dias, claro está. Mas por que carga de água me apeteceu escrever isto? Bem melhor seria escrever sobre futebol ou sobre um facto qualquer, marcante ou nem por isso, mas um facto. Não. Inclinei para isto, para uma trivialidade tão rotineira mas ao mesmo tempo tão forte. Porque estas sensações são poderosas, porque as vivemos e nem sempre as referimos.
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