A questão que o Terras do Nunca levanta sobre as imagens nos blogs é, quanto a mim, muito interessante. Devo dizer que concordo na generalidade com o que ele escreve. Contudo também é verdade que há blogs que valem pelas imagens. Elas por vezes conseguem dizer mais que mil palavras (desculpem esta expressão tão datada). Estou a imaginar, por exemplo, o que seria do Abrupto sem aquelas belíssimas imagens que ele lá coloca, graças à sua capacidade e bom gosto, aliados a uma sede de pedantismo inigualável por estes lados. Já o Barnabé utiliza as imagens de forma perfeitamente narcisista, o que diz bem com os seus autores (ainda não percebi bem se é legal aquela exposição publica de imagens consagradas mas violentamente carimbadas com tal chancela, a armar em vendedores de uma sementeira qualquer, tipo “ Alípio Dias”). Do Silencio capto com muito gosto as fotos que acompanham os excelentes excertos literários lá colocados. Fiquei um tanto desiludido com a derivação para a imagem do Aviz – acho, aliás, que esse blog perdeu muito em conteúdo em favor de uma certa estética do tipo “piling”. Ao Fumaças deu-lhe, certamente por falta de assunto, para postar fotos do Zoo de Lisboa, o que até nem é mau, comparando com aqueles estafados” copy pasts” dos catálogos de charutos que inundam a web.
Em género de conclusão, eu não utilizo imagens porque também defendo que o verbo é mais importante, mas também porque não estou disposto a pagar e não me apetece colocar imagens on-line. Dá muito trabalho e não merece a pena. Digamos que prefiro essas agradáveis surpresas que vou encontrando nos blogs que regularmente visito.
P.S. A foto que mais me impressionou na blogosfera foi a daquela mulher no colo de um pianista.
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