Braga, 2002. O Moreirense tinha acabado de virar o resultado negativo, eu estava lá, naquele estádio com o meu filho a ver o Benfica. Tu, Miki, saltaste num ápice e, com um movimento subtil, anichaste a bola na baliza do adversário. Era o 3-2 final. Havias de ver a cara do Alexandre, aquela expressão de glória num rosto pequenito e ainda aflito pelo esforço de quem tudo espera de tipos como tu, Miki.
Porto, 2003. Estádio do Bessa num jogo para a taça UEFA. Eu estava lá e tu alinhaste de início. Digo-te MIki, não dê mais um passo se isto não é verdade, tu foste o melhor dos vermelhos. Aquele golo, ali mesmo ao pé de mim, foi um gosto que preservo, que vivi e viverei.
Ao ver-te no campo ninguém poderia achar que eras ainda um puto de 24 anos. Ao ver-te nas coisas da vida, na tua luta, nas tuas convicções, na forma inédita e arrojada com que levaste avante as tuas convicções, ninguém poderia imaginar que estavas na flor da idade. Por isso Miki, este benfiquista do Porto, ferrenho e orgulhoso mouro, te manda um abraço terno, duradouro, esperando que os que hão de vir saibam aprender com o teu indelével percurso no depauperado futebol português.
Na sexta feira, 23, os meus queridos amigos colocaram este post. Não consigo deixar de pensar nisso.
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