sexta-feira, 20 de fevereiro de 2004
No dia 20 de Fevereiro de 1966, um domingo dominado por fátima, futebol e fado, um canal de televisão pública e meia dúzia de “pides” a rondar as tascas e o adro da igreja – local de falatório antes da pinga “abrideira” –, enfrentava eu o maior desafio da minha vida: nascer. Consta que o fiz com particular brilhantismo, em casa de minha mãe onde uma bacia de água quente me aguardava. Era o meu primeiro banho, de que não me lembro. Era o meu primeiro dia destes trinta e oito anos de uma vida cheia de tantas coisas para contar. Hoje olhei os meus filhos nas primeiras horas da manha e senti ter valido a pena aquele esforço tão grande para sair de dentro das entranhas de minha mãe.
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