Caros leitores e amigos, tendo este que vos escreve entrado numa azeda polémica com Luis Carmelo, pessoa que me merece o máximo respeito e consideração, sobre as micro-causas, achei pertinente partilhar convosco o meu último comentário no “Miniscente” sobre esta discussão:
Caro Luís, apenas quero acrescentar duas ou três coisas e darei por encerrada esta questão:
1 Eu acho que revelei educação no meu texto porque dirigi-me a si tratando-o pelo nome próprio, pedindo-lhe desculpas pela sinceridade, e pela sinceridade. O resto é metáfora, excessivo, talvez, marcante, quando a mim.
2 O meu anarquismo não é forçosamente a sua definição de anarquismo. Não é nobre, certamente, mas é meu.
3 Continuo a pensar que se dá demasiada importância a blogs banais cujos autores são famosos, ou influentes no mundo dos média, dos meios editoriais, e portanto, tudo aqui parece girar à volta deles.
E aqui neste ponto, eu dou-lhe um contributo, se quiser, para essa reflexão: a blogosfera é o único espaço de afirmação intelectual, profissional e pessoal onde não é necessário a “CUNHA”. Qualquer pessoa pode abrir um blog e desatar a manifestar o seu talento. Se o tiver e se o conseguir colocar lá, terá visibilidade, será acolhida, reconhecida, aplaudida e, eventualmente poderá dar o salto. Mas sem a “CUNHA” caro Luis. E o que me faz triste (para não usar um termo bem mais expressivo) é perceber o espectro da dona “CUNHA” vagueando na blogosfera. Nas referências, nas citações, nos novos imperativos de influência. Aqui cultiva-se a “CUNHA” como lá fora. Simplesmente lá fora QUASE sempre só vence quem tem “CUNHA”. Aqui qualquer um pode vencer. Se não em materialidade, pelo menos em Liberdade criativa, opinativa.
Era isto que eu lhe queria dizer ontem.
Sem comentários:
Enviar um comentário