terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
papiros
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
equívocos
domingo, 25 de fevereiro de 2007
cinema vivo
sábado, 24 de fevereiro de 2007
procuro
Preciso de um instante mágico que me cale a dor de ser rascunho de mim mesmo.
Não me entendo! Só me vejo em leves traços e não consigo sair deles.
Quero ser obra acabada, colorida e não pesada, sentida.
Quero ser viagem terminada, tão longe me sinto nesta paragem.
Quero boleia porque perdi minha jangada. Não sei dela.
Os farrapos que me vestem assustam os passantes e nem os gatos vadios, meus amigos, me ajudam mais.
Estou dorido, cansado, mergulhado no meu desenho. Perdido...
Não sei que cor escolher, não sei que traço tomar.
Tenho de continuar.
Tenho de continuar...
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
repassando
E dizia-te eu que ando com caganeira, pronto. E sempre que assim me encontro, vem-me à memória aquele Parvo do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente que era ourives e dramaturgo e não foi tido nem achado nas eleições do tal maior português de sempre. Se calhar porque ninguém o conhece de lado nenhum, é claro, porque os parvos de hoje são bem diferentes, escrevem coisas girissimas e imitam figuras públicas e fazem anúncios a companhias de telefones e tudo, e não têm tempo para falar de pessoas doutro tempo.
Pronto, pronto, não seja por isso e mudando de assunto, ontem vi um grande filme sobre dois amantes que se encontravam uma vez por ano, sempre no mesmo sítio, durante 25 anos e que se conheciam como se vivessem uma vida inteira juntinhos, eram solidáros, honestos... Isto para explicar que, como me disse alguém sobre um livro que falava de uma criança condenada com cancro terminal e que alguém lhe proporcionou uma vida integra, com casamento e tudo, plena, passada e vivida em tão pouco tempo de vida real, os casamentos seriam bem mais honestos, sãos e duradouros, se cada um de nós pudesse hibernar deles 364 dias por ano.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
regressos II
Já hoje, e depois do banho, e do desprezo pela minha barba de três dias, atirei-me a uma feijoada com focinho de porco e orelheira, bebi um Alentejo tinto e tomei três cafés de enfiada. Amanhã é o início de quarenta dias de Quaresma, de jejuar, de combater o excesso de peso até à Páscoa do pão-de-ló e dos folares. Hoje é terça-feira gorda e ninguém está autorizado a pensar em bandas gástricas. E é assim perdidamente, a ouvir o som do ventilador do meu computador, que me despeço dos quarenta anos redondos. Amanhã só paro nos cinquenta!
E a minha filha acabou agorinha mesmo de acordar do seu soninho e veio aqui dar-me um repenicado beijinho de parabéns. Tão Bom!
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
regressos
E entretanto amanha, dia 20, é Carnaval. E é o dia do meu aniversário (e de Kurt Cobain que foi mais inteligente do que eu suicidando-se desta merda toda).
O dia em que eu farei quarenta e um anos sem ter culpa alguma disso. E serei sempre inocente de fazer anos enqunto me sentir salvo pelos meus lindos cachos, pelo meu olhar de puto meigo e pelos os meus belos lábios que foram desenhados por um deus do Olimpo, disse-me uma vez certa pessoa. Fazer quarenta e um anos não pode ser o mesmo que andar para trás indo para a frente. Não senhor. Fazer quarenta e um anos pode e deve ser entendido como uma pequena etapa desta eterna juventude que me preenche.
domingo, 18 de fevereiro de 2007
sábado, 17 de fevereiro de 2007
desta lisboa que eu amo V («Nobody is illegal»)
Depois de uma tarde desastrosa, com chuva e frio, uma sexta-feia condenada ao fracasso, afinal salva por um triz. Melhor dizendo, salva por um trio.
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
desta lisboa que eu amo IV
- Qual é o seu carro? O “MB”? Olhe, ponha só uma moedinha para eu não ter problemas que eu faço sempre esta zona.
Obrigado “amarelinho”. Trata-me bem do carro
desta lisboa que eu amo III
Mau, muito mau. O que se passa com estes restaurantes tradicionais? O gerente estava perdido a tirar leituras parciais, a ver a facturação, e o staff deambulava pela sala, descontraído, relaxado, e os clientes pareciam nem dar por isso. Pudera! A maioria era constituída por casais de namorados que tinham ido ali comer o menu de S. Valentim e não estavam para mais nada nem ninguém. A bem do amor.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
valentim saudade, valentim aos molhos
desta lisboa que eu amo II
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
desta Lisboa que eu amo I
De maneiras que estava eu dizendo, ando sem sono e não me dá para ver televisão nem me apetece ler nada, nem um título de jornal (neste caso devido ao meu angustiante benfiquismo) e pronto, dá-me para isto, ler os dois blogs do costume (agora são três) e atirar-me a escrever qualquer coisa, quando muito com a serventia de um dia destes eu desfazer-me em sorrisos meigos, em relendo estes disparates de um vendedor de província em plena capital da nação.
De facto, e em boa verdade, estou um tanto estremunhado do sono, uma vez que me deu para passear de carro pelas avenidas novas de Lisboa, concluindo afinal que isto também tem as suas noites mortas, principalmente quando estamos imbuídos de um verdadeiro espírito de cangalheiro. Mortiços em demasia e sem inspiração relevante para combater esta espécie de tédio dos deslocalizados.
Bom, caros tele-espectadores, como dizia o Engº Sousa Veloso, obrigado a todos e até ao próximo programa ( até que o calaram - oxalá façam o mesmo ao Malato! E breve!).
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
desta lisboa que eu amo (- I)
E depois, os jantares nas portugálias da cidade. Esta Lisboa está infestada de casas de "fast food", que eu não gosto de caracóis e por isso, por mais que pense, acabo sempre numa portugália qualquer e a comer um bife qualquer com um molho qualquer e umas batatas fritas quaisquer. Foda-se lá para esta lisboa gastronómica. Falta-me a rojoada, a cabidela, o cozido e a sandes de marmelada com queijo. Estou farto, fartíssimo, do queijo saloio e das embalagens de manteiga rançosa. Quero mais. Quero larocas e pataniscas de bacalhau. Quero consumar o êxito da venda numas tripas à moda do Porto e quero brindar com um arroz de sarrabulho ou um leitãozinho da Bairrada.
Por outro lado, estou a ficar cansado dos pequenos-almoços do hotel onde estou. O café sabe a bugalho, o queijo parece ser sempre a mesma fatiagem e os ovos mexidos são para os bifes, não são para mim. Quero meias-de-leite decentes, directas. E café Buondi. Aqui é só Delta, nabeiros do caraças! E chávenas cheias que nem sopas. E no meio disto tudo há a "Emel", uma organização terrorista legalizada que me esturra as moedas sobrantes. Mas destes gajos não falo, porque estou na lista negra deles. E não pago!
Esta Lisboa que eu amo é terrivelmente avassaladora nos costumes, sedutora nas feições e muito cruel nas tradições. Ou comes disto ou então vai lá pra tua terra mais esse teu sotaque tripeiro. Esse "fica aqui à minha beira" que ninguém usa, esse "entom" á moda de lá de cima...
Mas duma coisa eu gosto: o "cala-te lá". O "cala-te lá" alfacinha é único. Quando o oiço tremo de prazer e quando o digo parece que estou a perder a virgindade. O "cala-te lá" é para mim um perfeito quinto orgasmo. Completíssimo.
Ah!, pronto! Isto é só a Nauticampo Em Lisboa, numa semana de Fevereiro, o meu mês, e com vendas que se fazem, entretanto. Viva a minha condição de poeta vendedor. Um bem haja a mim e obrigadinho, sim?
domingo, 11 de fevereiro de 2007
desta lisboa
Queria tanto comprar um casaco de couro novo, elegante, muito minimalista e arrebatador...
sábado, 10 de fevereiro de 2007
arrivals
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
das crias
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
eterno feminino
tubarão ou esquilo?
O Paulo Querido tem ideias. É um jornalista de ponta, especializado nas novas tecnologias da informação e tem ideias. já tinha criado o Weblog.pt, um projecto ambicioso de alojamento de blogs portugueses e que entretanto faliu, está à deriva, levando muitos e bons bloggers a uma espécie de orfandade temporária. Agora surge com outro projecto, segundo o Público (edição impressa). Um novo projecto que visa imprimir um cunho ainda mais corporativista aos blogs.
Um blog pode ser o que eu quiser e bla bla bla...Um blog tem potencial, é bom, é independente e é grátis. Mas passa a ser utopia a partir do momento em que se tenta arregimentar este estado de pureza que é o estado actual dos blogs, salvo um ou outro caso, transformando-os numa máquina organizada de fazer dinheiro. Uma corporação.
Não quero ser severo para com os autores de tal ideia, mas assumo desde já que continuo independente, que me assumo cada vez mais como um cidadão-jornalista que participa, que procura encontrar respostas e partilha-las sem com isso estar á espera de remuneração directa, e que entretanto também é capaz de chorar e de rir e de ser banal ou azedo.
Não estou, portanto, interessado em negociatas nem pretendo vender a minha alma por dois vinténs. Arregimentem-se à vontade. Eu continuarei na minha onda predilecta: livre!!!!!!
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
Hoje tive um sonho
- Aperta-me num abraço e deixa-te estar quieto.
domingo, 4 de fevereiro de 2007
elucubrações de um miúdo de 40 anos com dores de garganta, num domingo à tarde sem sol
Já deu para notar que ainda nem tirei o pijama, não tomei banho, nem fiz a barba, nem essas coisas todas que aos domingos nunca têm hora certa. Mas vou fazer. E vou sair para ler jornais e tomar café expresso e ainda vou fazer umas compras no Lidl.
Entretanto, hei-de ganhar coragem para ver um filme. E não estou certo de que vá ver o “diz que é uma espécie de magazine” que esse programa lembra-me o Nuno Gomes, o tal que diz que é uma espécie de Goleador…Entretanto, já percebi que aqueles rapazes do Gato Fedorento fazem quase sempre uma coisa interessante durante aquele programa, e normalmente essa coisa aparece depois nos blogs, via “you tube”. Isso é bom. Poupa-me tempo.
Já o “Só Visto” por exemplo, é um programa magazine que eu vejo, e cada vez com maior gosto. O apresentador chama-se Daniel Oliveira e oxalá não se estrague. Faz sempre boas perguntas, é coerente e muito simples no trato. Tem ali um bom programa, não obstante ser um programa de celebridades. Não obstante os Tony Carreiras e os André Sardés da nossa praça, e os Vítor Baías e os Simões Sabrosas, célebres à força, coitados, que a vida deles estava destinada a um arado transmontano e a uma traineira da Afurada…
Pois, é verdade…o Futebol Clube do Porto perdeu novamente. Isto sim é uma grande notícia! Como é que foi possível ter-se anulado um golo fora-de-jogo ao Porto quase no final da partida? Como é que foi possível não se ter marcado falta no lance do golo do Estrela? Como foi possível não se ter marcado um penalty a favor do Porto? Tivesse sido mais cedo o jogo do Sporting e talvez o árbitro do Porto aprendesse como é que se conduz uma equipa derrotada rumo a uma goleada em apenas 15 minutos!
sábado, 3 de fevereiro de 2007
das respostas
do referendo, e sobre os debates...(a propósito!)
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
I fall in love too easily II
...Vou continuar a sorrir para o mundo, com todas as minhas limitações, mas cheio de ingénuas esperanças e convencido de que o mundo é bom e a vida é bela.
E continuo proclamando-me inocente de todas as desilusões que me causei e sinto-me com coragem para me perdoar todas as traições que me fiz...