terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

desta Lisboa que eu amo I

É tarde e eu não quero dormir. A carga horária destes dias de exposição e a deslocalização interna alteram-me os "dormires", para não falar do raio da prisão de ventre que é uma coisa terrível, e que "se me dá" sempre que me afasto de Gaia por mais de três dias. É bom que se fale destas coisas, dum tipo andar três dias preso dos intestinos. Por causa da lua, ou da mudança de hábitos, nem sei. O que sei é que sempre que chego a casa, a primeirinha coisa que faço é "apenas e tão só" (adoro esta expressão!) por-me de olho na sanita e restabelecer a minha condição normal de cagão, alibeirando-me, enfim.
De maneiras que estava eu dizendo, ando sem sono e não me dá para ver televisão nem me apetece ler nada, nem um título de jornal (neste caso devido ao meu angustiante benfiquismo) e pronto, dá-me para isto, ler os dois blogs do costume (agora são três) e atirar-me a escrever qualquer coisa, quando muito com a serventia de um dia destes eu desfazer-me em sorrisos meigos, em relendo estes disparates de um vendedor de província em plena capital da nação.
De facto, e em boa verdade, estou um tanto estremunhado do sono, uma vez que me deu para passear de carro pelas avenidas novas de Lisboa, concluindo afinal que isto também tem as suas noites mortas, principalmente quando estamos imbuídos de um verdadeiro espírito de cangalheiro. Mortiços em demasia e sem inspiração relevante para combater esta espécie de tédio dos deslocalizados.
Bom, caros tele-espectadores, como dizia o Engº Sousa Veloso, obrigado a todos e até ao próximo programa ( até que o calaram - oxalá façam o mesmo ao Malato! E breve!).

4 comentários:

Giovani Iemini disse...

Food I do é genial!!

Maria Arvore disse...

:))

Perante tão pungente confissão sinto-me compelida a dizer que sofro do mesmo mal. É que qualquer cama é descartável mas a sanita é algo muito nosso e intenso que não se ganha com um estalar de dedos com outra qualquer. ;)

E fico deliciada com a tua visão maravilhada de Lisboa, onde eu só encontro ruas mortas salvo o fervilhar nocturno de copos de plástico com resto de cerveja a fazer camada no solo. Mas nascer nela e vê-la todos os dias - por obrigação - cada vez mais cinzenta e sem gente, só me deprime.

ATF disse...

Maria Árvore, sempre simpática e oportuna!!! Mas olha que eu adoro Lisboa! Sempre fui apaixonado por esta cidade, embora sendo do Porto, como deves saber...mas, convenhamos, é tão bom cagar em casa não é?

Irene Ermida disse...

que me apetece falar, apetece, mas nem sei o que dizer...
este teu post, assim intimista, a ponto de ocupares o primeiro parágrafo com uma imposição fisiológica de extrema importância para a libertação do espírito, desconcerta-me... não sei porquê... Lisboa, sinto saudades de ti! um destes dias vou visitar-te...

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