domingo, 19 de dezembro de 2004

rumos

Jerónimo de Sousa fez ontem o seu périplo pelo Norte do país, que é como quem diz, andou a ver se metia lanças em África.
À tarde discursou na Av. da Boavista, para os seus, e pela noite foi jantar a Braga. A televisão apanhou duas ou três coisas e, enfim, não insistiu na ideia de “discurso cassete”, que, como sabem, tem sido a expressão mais recorrente quando os “média” pretendem minorar a palavra dos comunistas.

Desta vez temos um lider não intelectual e virado para os baixios do eleitorado. Como dizia um companheiro da blogosfera, a esquerda “está convencida que decorar cinquenta nomes de realizadores resolve o complexo de inferioridade da primeira geração sem raízes, que coreografar reacções é agir, que decorando sentimentos poderão fingir-se glazé, bléssê rálê . Tem os piores tiques que se associam à direita: elitismo, superficialidade, prepotência”. Ora é aqui que podemos ver a diferença. Um Partido Comunista virado para a necessidade de dar outro rumo ideológico à esquerda portuguesa.

Porque é importante que se diga isto (e volto a citar o meu companheiro): “não há direita nem esquerda em Portugal, mas hipocrisia do berço e hipocrisia do azar. Desprezo ambas. E prefiro eternamente o PCP, honesto, repetitivo, falando de justiça para além da injustiça, ao IURDismo da esquerda BE que é mais conservador, arrogante e vazio que a direita PP”.

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