quarta-feira, 8 de junho de 2005


Afinal sempre é o Koeman, aquele tipo cara de mau que nos ganhou uma Taça dos Clubes Campeões Europeus. Sim, ainda no tempo em que só os clubes campeões participavam naquela prova. Esse Koeman dos petardos, cara feia e bom rapaz. Um Jorge Costa anos oitenta. Claro que o escutei com gosto e percebi-lhe o pragmatismo de quem acaba de entrar num clube campeão e onde ninguém o obrigou a dizer que “vai ser campeão de certeza”. Mas confesso que esperava mais audácia, ou melhor, mais descaramento. Pode ser que esta laranjinha me surpreenda.



Também gostei de ouvir Pedro Barbosa. Sempre apreciei os ditos do Pedro que nunca foram daquelas frases feitas, à futebolista, lugares comuns etc e tal. O Pedro sempre foi assim. Um rapaz coerente, sério, elegante na forma como fala, sem medo, contudo, de dizer as coisas que são para se dizer.



E Portugal lá ganhou, à Benfica, melhor dizendo, à Trapatoni. O Scolari realmente é um gajo de sorte. Aposta numa equipazinha á moda dos seus interesses corporativos. Que os há, meus amigos, que os há! E lá vai conseguindo os seus objectivos. E depois tem ali um naipe de comentadores narradores que fazem lembrar velhos a virem-se sempre que a gaja dá um peido. Mete dó ouvir tanto elogio fácil e fútil sempre que a rapaziada toca na bola. Mas é assim mesmo! Há que exaltar a selecção, se ignorarmos o facto de que eles se dizem jornalistas. Enfim…

Bom, o texto vai longo e a noite vai quente e oiço lá fora uma Zundap a roncar. Raios, esqueci-me de repente que este post é sobre futebol. Da minha janela vejo a serra de Valongo. Arde? Ainda não.

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