Há vinte anos atrás eu fui ao cinema Sala-Bébe ver o “
Paris, Texas” de Wim Wenders. Adorei o filme, claro está. A banda sonora, a fotografia e os excelentes planos e textos e a Natasha, claro. Tinha os meus 18 anos, estudava e andava à boleia. Casamento era, para mim, uma projecção. Um telhado que eu via e nem imaginava como chegar lá. Por isso adorei o gajo do filme, a panca dele e o olhar despojado em busca do “eu”, atrofiado no betão armado.
Ontem voltei a ver o filme. Vinte anos depois, casado, pai de filhos e cheio de sentimentos destes, de quem está casado e é pai e, claro está, ainda com aquela alma de viajante perdido. Uma história senhores. Uma história. Deliciosos textos de amor e paixão paternal que me arrebataram, agora, vinte anos depois. Porque sou pai.
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