terça-feira, 14 de junho de 2005

Caro besugo,
Finalmente falaste sobre Pedro Barbosa. Ele é, para mim, um tipo de tomates, mas legou para a história do futebol a elegância e a forma delicada com que sempre tratou a bola. Há quem tenha tomates para muitas coisas. Uns até têm três, vê lá tu.
Nos dias de hoje pode-se encomendar uma latinha, estás a ver uma latinha do tipo feijão compal?, abre-se e coloca-se à janela e nascem tomates, pequeninos, redondinhos, e vermelhinhos. Mas colhões nem todos têm. De fibra, revestidos de escroto de alcatrão. Resistentes à humidade moral, ao caruncho sacro. Colhões desses duram anos, ultrapassam memórias e, às tantas, porque são de carne, morrem. E fazem-se-lhes loas, homenagens. Não por serem velhos, mas por serem colhões. Os tomatinhos vermelhinhos redondinhos bonitinhos continuam enlatados, protegidos, confortavelmente regados e amaciados e são tão lindos e perfeitos que todos os querem. Nabos.

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