quarta-feira, 22 de junho de 2005

Calquei um tremoço que chorou, num grito de desespero. Um tremoço amarelo, seco do sol, caído na beira da estrada. E chorou. Porque bem podia ser uma formiga, um caracol, ou uma pastilha elástica. Os grandes calcam tudo o que os rodeia e é pequeno. Os grandes nem sabem bem distinguir se é choro, ou apenas o grito da sua passagem impiedosa, aquilo que ouvem. Apenas têm olhos para a meta.

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