sábado, 4 de junho de 2005

A verdade é que os europeístas e os federalistas andam num stress tremendo a reflectir a Europa. Esta merda de Europa velha e falida, egoista e narcisista, hipócrita e tecnocráta. Eu cresci a cantar "quero ver Portugal na CEE" e disseram-me que iam construir muitas estradas e iam formar muitos operários e havia dinheiro para tudo isso. E disseram-me que Portugal ia fazer parte do comboio da frente. Depois impuseram-me uma moeda que colocou em pantanas o meu orçamento familiar, deixaram que tudo o que era indústria fosse por água abaixo, blindaram o Algarve com serviços de turismo de terceira e inundaram os supermercados de tudo e mais alguma coisa, normalmente rasca e falsamente barata. Eu nunca fui europeísta e sempre contestei essa merda toda. Desde Mastricht que me interrogo sobre se valeu a pena esta aventura que, convenhamos, encheu de dinheiro alguns espertalhões e cavou um fosso ainda maior entre pobres e ricos. Como a Perestroika, que fecundou novos ricos e como se vê agora na África do Sul, onde surge uma nova geração de pretos ricos, que contestaram sempre o sistema capitalista e que agora vivem dele, à grande e à francesa.Impressiona-me esta Direita que se arma em liberal e, pronto, interroga-se. Tenho pena desta Esquerda que não sabe como lidar com isto. Que fazer então? Talvez foder.

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