sexta-feira, 10 de junho de 2005

O underground de carcavelos


Depois de uma tarde de praia, resolvi rever “Underground” de Emir Kusturica. Viajei para longe, portanto. De modo que só à hora de jantar soube do nosso “underground”, isto é, os lisboetas foram de férias para o Algarve, em massa, e os que não têm massa ficaram-se por Carcavelos. Pior do que ficar em Carcavelos por não se ter massa é ser-se atacado por uma massa de tipos “ground zero da massa”. Assaltados por cerca de 500 meliantes, pretos, dizem, e a mim isso diz nada porque se há segregação e desgraça e desemprego quem paga são as minorias étnicas, e, portanto, é natural que daqueles 500 bandidinhos muitos sejam pretos, os lisboetas apanharam um grande susto. A outra metade que foi para férias deve estar aliviada e a dar graças a deus por não ter ficado naquela “Adega”. O nosso Marko (isto já é analogia com o Underground do Kusturika) deve andar num corre-corre a atrasar as horas. Não vá o desgraçado do povo perceber que afinal não há crise nenhuma e que ele também poderia estar a gozar férias no Algarve bem longe dos gangs. E cheio de massa.

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