Serafim tem um especial orgulho numa colecção de cromos que guarda religiosamente desde 1968. o bacalhau, numero quarenta e dois, está um bocadito desfeito mas era, de longe, o mais difícil de encontrar. o cinquenta e três é o rato e o grilo é o três. ficaram as estampas, coladas com farinha e água numa caderneta muito pequena e feita de papel sebenta. e na memória fica o sabor único dos rebuçados, cor de mel, muito pequenos e que eram envolvidos pelas “vitórias” o nome que se dava àquela colecção.
penso tratar-se de uma edição vendida apenas no Porto e arredores, não sei bem. tinha eu os meus cinco anos e regalava-me a vê-las, e consolava-me com os rebuçados. ajudava os meus irmãos a fazer a cola com farinha e água e jogava ao “vira” com os cromos repetidos. não sei se algum dos visitantes do food-i-do teve alguma experiência com esta fabulosa colecção e, por outro lado, bem me esforcei procurando nos motores de busca por qualquer coisa que faça referencia a isso e não tive sucesso.
recordar é bom, de qualquer modo.
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