Tu, querido blog, bem podes ver como estas coisas são.
Já tens mais de dois anos, bem sei. Segues o teu caminho sempre pela esquerda porque o trânsito é muito e há que vê-lo de frente. À noitinha acendes um lume para que os lobos não te rasguem as vestes. E olhas a noite, da tua janela que não é tua. E saltas cantando meio rouco e com sono. Às vezes encavalitas-te no mundo, e és atrevido, e com o teu olhar castiço, de menino rebelde, soltas amarras e prendes as garras da fera má.
Um dia ainda nos iremos rir como meninos no circo. A caminhar ao pé dos lobos, a ouvir-lhes o uivo estridente na noite. E olharemos a lua, como agora.
Ela estará lá para nós.
Sem comentários:
Enviar um comentário