“Depois a malta anda entretida com mais uma campanha eleitoral e eu espanta-me os nomes dos candidatos a presidente da junta aqui das freguesias em volta dos Carvalhos (maiúscula para os Carvalhos que sendo um lugar já é vila) uma cambada de tipinhos mal formados e quase em piores condições de vida do que eu que de repente viram na política de paróquia o próximo passo após o rendimento mínimo”
A propósito deste parágrafo que encontrei encolhido num texto meu, uma impregnação de coisas que se não deviam dizer e que, apesar disso, ficam escritas, espalhadas como vento, estive há dias a conversar com um amigo meu, de entre copos, e concordámos com a evidência clara e inequívoca de que a outrora falada geração rasca, que deve ter dado péssimos advogados, maus canalizadores e deficientes mestres-escola legou-nos o pior dos seus monstros: o politico-mitra. Se o amigo que me lê deitar os olhos nos candidatos da sua paróquia (esqueçamos por um momento a Fatinha que tantos textos “pariu” e que não passa de apenas um entre setenta candidatos a estas eleições que têm problemas com a justiça – parece pouco?) há-de encontrar o gajo espertalhão que tinha sido despedido da empresa por roubo, há-de encontrar o tipinho formado em Direito que nem um apartamento consegue vender, por incompetência, há-de encontrar o empresário falido cheio de dívidas e que não admite entregar o BMW porque isso seria a sua morte. Se o amigo que me lê deitar os olhos nos panfletos das listas candidatas há-de encontrar o mau português escrito, o mau português de todos os dias que agora até passa incólume pelos revisores de textos (os tipógrafos também sofrem do efeito geração-rasca).
De repente oiço: “ tocam os sinos na torre da igreja, vai passar a procissão”. Que pagode!
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