quinta-feira, 6 de outubro de 2005

Eu não sou munícipe do Porto mas vi com atenção o debate de ontem na RTP. Nada de especial, admito, mas também não foi semelhante pobreza. Pelas reacções dá para ver que a malta da direita não pode assumir publicamente o apoio a Rui Rio porque essa malta também é portista e dói-lhes muito quando lhe mexem no azul coirato. RR estava consciente de que “candeia que vai à frente alumia duas vezes” e pouco acrescentou ao debate. Assis foi um produto formatado por Sócrates e o tipo do Bloco revirou-se em sofismas, que é apanágio dessa raça “louçã”, uma nova espécie bovina de aspecto tenro a pedir fraca faca, quando na realidade temos ali sola encardida. Rui Sá foi, quanto a mim e contra toda a espécie de jornalistas, anti- comunistas e quejandos, quem melhores projectos e ideias apresentou para o Porto, quer ao nível da cidade quer ao nível da região. Não teve medo dos bairros sociais porque, afirmou ele, ia lá durante todo o ano e não apenas em época de eleições. Falou na regionalização e na necessidade de se voltar a discutir o tema. Mostrou consciência critica para com o actual presidente da câmara, embora isso lhe custe o epíteto de “Pró- Rui Rio”. Merecia mais do que apenas a vereação mas isso são contas do impossível porque o nosso pobo do norte aprendeu nos últimos 30 anos a proclamar apenas duas siglas: “pê-ésse” e “pê-ésse-dê”.
Portanto, foi um debate sem futeboladas nem golos de penalty. Algo esclarecedor quanto a mim de como deverão os portuenses vota no próximo domingo.

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