Meus amigos, ainda há pouco estava eu a “bombar” no VR com três gins no bucho, fora as bohemias do início da noite e um outro gin, quase rasca, que tomara no “Maus Hábitos”. Ya, fui ao “Maus Hábitos”. Conhecem? Nunca lá tinha ido, pelo que acolhi bem a proposta de um amigo. Mas confesso que não permaneci lá mais de meia hora.
Se tomarmos como interessante o facto daquilo ficar num quarto andar da rua Passos Manuel, estar dotado de um complexo de pequenos habitáculos onde se pode experimentar ouvir musica, conversar, fazer uns charros e mais qualquer coisa, a proposta não perecia merecedora de ser boicotada. Mas a clientela, senhores! Deu-me impressão, não teimo, de que aquilo era só “bichas” e “fufas” de um lado e mitras-académicos do outro, uma espécie de mocinhos e mocinhas de roupa coçada e grandes sacolas a tiracolo onde devem transportar tudo, desde os utensílios para o caneco, passando pelo telemóvel de segunda geração, a espontaneamente nascida com os pré-pagos “ first entry equipment”. Depois a música, amiguinhos, nem era má, se exceptuarmos “Cornershop” (já ninguém ouve essa merda). O pior era o DJ, um quarentão provavelmente muito mais frustrado do que este que vos escreve, e a debitar música ao ritmo de uma qualquer festa do Liceu António Nobre. De maneira que me virei para o meu amigo e, “amigo não empata amigo”, cya, VR, aqui estou eu para me entregar a ti, aos copos, aos olhares, às gajas peitudas e aos “sound bytes” de uma princesa imaginária qualquer.
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